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    China se torna 3º país a trazer rochas lunares para a Terra — o 1º desde 1976

    Missão chinesa Chang'e-5 voltou à Terra carregando amostras do solo de uma região não visitada da Lua

    Representação do veículo lunar da missão chinesa Chang'e-5
    Representação do veículo lunar da missão chinesa Chang'e-5 Foto: Reprodução/CCTV

    Por Jennifer Hauser e Zamira Rahim, da CNN

    Nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (17), no horário de Pequim, a missão não tripulada Chang’e-5 do país voltou à Terra carregando amostras do solo lunar, segundo informações da mídia estatal chinesa Xinhua.

    Assim, a China se tornou o terceiro país do mundo a coletar rochas da lua com sucesso.

    As amostras foram recuperadas de uma área da lua anteriormente não visitada e também são as primeiras amostras a serem coletadas por qualquer país desde 1976.

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    A cápsula de retorno pousou em Siziwang Banner, que fica ao norte da Região Autônoma da Mongólia Interior da China, pouco antes das 2h da quinta-feira, horário de Pequim, de acordo com a Administração Espacial Nacional da China (CNSA).

    A sonda, em homenagem à antiga deusa chinesa da lua, decolou pela primeira vez o local de lançamento da nave espacial Wenchang em Hainan em 24 de novembro.

    As amostras dessa região podem ajudar os cientistas a entender mais sobre as origens e fundações da lua – e definir as bases para missões de recuperação de amostras mais complexas no futuro, potencialmente em outros planetas.

    Depois que a cápsula retornada pousar de volta à Terra, ela será transportada por avião para Pequim, onde a cápsula será aberta e as amostras estarão prontas para análise e estudo, de acordo com a agência de notícias estatal chinesa Xinhua. A China também disponibilizará algumas das amostras para cientistas de outros países, disse Pei Zhaoyu, vice-diretor do CNSA.

    Cientistas chineses já estão traçando planos para uma futura exploração lunar, disse Pei – incluindo um projeto para construir uma estação de pesquisa científica na lua.

    “Esperamos cooperar com outros países para construir a estação lunar de pesquisa científica internacional, que poderia fornecer uma plataforma compartilhada para a exploração científica lunar e experimentos tecnológicos”, disse Pei, de acordo com a Xinhua.

    A conquista da China segue os Estados Unidos e a União Soviética, que coletaram amostras lunares décadas atrás.

    No programa Apollo, que primeiro colocou os homens na Lua, os Estados Unidos pousaram 12 astronautas em seis voos de 1969 a 1972, trazendo de volta 382 kg (842 libras) de rochas e solo.

    A União Soviética implantou três missões de retorno de amostras robóticas bem-sucedidas na década de 1970. O último, o Luna 24, recuperou 170,1 gramas (6 onças) de amostras em 1976 do Mare Crisium, ou “Mar das Crises”.