Cão-robô que coleta ar tóxico em lugares perigosos é criado por pesquisadores
Dispositivo pode ser usado por ferramentas controladas à distância, como drones
Pesquisadores desenvolveram um cão-robô que coleta partículas de ar para permitir a análise da composição da atmosfera em situações potencialmente perigosas. Equipada com um braço articulado, a ferramenta em desenvolvimento consegue chegar a locais inacessíveis aos seres humanos.
Nos testes, o dispositivo foi enviado para aterros sanitários, sistemas de esgoto, locais de incêndio e armazéns de produtos químicos. O protótipo capturou o ar desses ambientes e permitiu a busca por compostos orgânicos voláteis (VOCs) perigosos.
Publicado na revista Analytical Chemistry, da ACS, o estudo apresenta a descrição dos testes feitos com o cão-robô.
Realizando uma tarefa que seria muito perigosa para técnicos humanos, o robô acessa os ambientes com um ar potencialmente tóxico e retorna o material para um espectrômetro de massa portátil — instrumento que permite a análise da composição da amostra.
O estudo comprovou que o dispositivo faz esse trajeto em menos tempo do que uma pessoa levaria para transferir as amostras para um laboratório externo.
A equipe planeja, no futuro, desenvolver sistemas móveis de detecção de gases perigosos e compostos orgânicos voláteis para inseri-los em dispositivos que possam, assim como o cão-robô, ser controlados remotamente, como drones aéreos e pequenos navios.
Robô explorador é capaz de procurar cidades perdidas e naufrágios