Câncer de mama na Capela Sistina? Estudo interpreta obra de Michelangelo
Cientistas apontam que uma das mamas da mulher retratada em "O Dilúvio" traz características semelhantes à doença
Um recente estudo publicado na revista The Breast sugere que Michelangelo pode ter retratado uma mulher diagnosticada cm câncer de mama no conhecido afresco da Capela Sistina.
Especialistas universais em história da arte e medicina, afirmam que detalhes no seio de uma das mulheres retratadas em “O Dilúvio Universal” se assemelham com as principais características da doença.
A obra é a primeira cena que o artista pintou no teto do local no Vaticano, em 1508. Na imagem, uma mulher foi retratada semi nua, acompanhada por um lenço na cabeça e uma capa, ambas na tonalidade de azul.
Já na parte de trás, é possível ver uma criança que, aparentemente está chorando. Segundo a pesquisa, a mulher seria Francesca Del Sera, mãe de Michelangelo, enquanto a criança faria uma referência a ele.
Para além das artes, o pintor também ficou conhecido por seu interesse em anatomia humana – o que poderia explicar a representação. “Michelangelo, que começou a auxiliar em autópsias quando tina 17 anos, teria observado diversas patologias, potencialmente incluindo [câncer de mama]”, disseram os autores do estudo.
Método de estudo
Para a análise, os pesquisadores usaram um método intitulado de iconodiagnóstico, processo que busca sinais clínicos de distúrbios e doenças médicas em obras de arte.
A partir do estudo, foi possível identificar que, a mama esquerda da mulher parece normal, a direita apresentava anormalidades, como retraição e deformidades.
Resultados
Após analisarem outros seios e pinturas do artista, os estudiosos chegaram a conclusão. “O resultado da nossa observação indica que Michelangelo tinha conhecimento de seios saudáveis de diferentes tamanhos e morfologias e os adaptou às personagens femininas bíblicas”.
Descoberta precoce do câncer de mama eleva chance de cura a 95%