Bancos e techs querem apoio regulatório para combater golpes no Reino Unido
Fraudes bancárias custaram aos consumidores britânicos quase 610 milhões de libras (US$ 684,4 milhões) até agora este ano
Bancos, empresas de tecnologia e telecomunicações no Reino Unido têm pedido a reguladores e parlamentares ajuda sobre compartilhamento de dados anônimos de clientes para impedirem golpes mais rápido, segundo relatório nesta quinta-feira (20).
Fraudes bancárias custaram aos consumidores britânicos quase 610 milhões de libras (US$ 684,4 milhões) até agora este ano, representando uma ameaça à segurança nacional, disse o grupo de lobby bancário UK Finance neste mês.
Os bancos já melhoraram as defesas contra golpes, mas um relatório do Stop Scams UK e do Royal United Services Institute disseram que diretrizes e processos complexos da lei de privacidade dificultam compartilhar dados para impedir fraudes.
O Reino Unido propôs uma “lei de segurança online” para lidar com conteúdo nocivo online e ajudar os reguladores financeiros a reprimir com mais força os golpes.
Os bancos esperam que o projeto inclua orientações mais claras para permitir que eles compartilhem dados anônimos de clientes — aqueles que não identificam o indivíduo — para identificar novos tipos de golpes mais rapidamente.
“Se quisermos desbloquear o compartilhamento de dados em escala, pedimos mudanças proporcionais e sensatas na orientação sobre a interpretação da lei de privacidade”, disse Ruth Evans, presidente da Stop Scams UK, cujos membros incluem HSBC, Lloyds, NatWest, Barclays, TalkTalk, Meta e Google.
O risco de intervenção regulatória e a falta de clareza sobre o que é permitido pela lei sufoca a iniciativa, e são necessárias mudanças para deixar claro que o compartilhamento de dados é permitido e até incentivado, diz o relatório.