Asteroide gigante passará perto da Terra em abril, diz Nasa
Objeto chamado 52768 (1998 OR2) passará em 29 de abril a 6,29 milhões de quilômetros do nosso planeta a uma velocidade superior a 31.000 km/h.
Um asteroide com tamanho estimado entre 1,7 e 4,2 quilômetros passará perto da Terra em 29 de abril. De acordo com a Nasa, não há risco de ele colidir com o nosso planeta, mas, se isso acontecesse, causaria danos de efeitos globais.
O asteroide chamado 52768 (1998 OR2) foi visto pela primeira vez em 1998. Ele passará a 6,29 milhões de quilômetros da Terra, se movendo a mais de 31.000 km/h.
Espera-se que o sobrevoo ocorra no dia 29 de abril, às 18h56 (horário de Brasília), de acordo com o Centro de Estudos de Objetos Próximo à Terra da Nasa. O grupo rastreia objetos que poderiam colidir com o nosso planeta.
O asteroide foi classificado como um objeto potencialmente perigoso porque passa perto da órbita da Terra, mas ele não está na lista da Nasa de eventos futuros que podem impactar o planeta.
Esses casos são reunidos e monitorados pelo Sentry System da Nasa, “um sistema de monitoramento de colisões altamente automatizado que examina continuamente o catálogo de asteroides mais atual em busca de possibilidades de impacto com a Terra nos próximos 100 anos”.
Apesar de grande, o 52768 não é o maior asteroide com rota próxima do planeta. Essa honra pertence ao 3122 Florence (1981 ET3), com tamanho estimado entre 2,5 e 9 quilômetros.
Sua última passagem perto da Terra ocorreu em 1º de setembro de 2017; a próxima deve ocorrer em 2 de setembro de 2057.
Rastreamento espacial
Além de rastrear objetos próximos à Terra que podem representar uma ameaça, a Nasa e outras agências atualmente têm missões em andamento para estudar asteroides e potencialmente mitigar o risco de uma colisão. O observatório da agência espacial americana está localizado na cordilheira Cerro Pachón, no norte do Chile.
Descobrir o tamanho e a órbita de um asteroide é o mais importante, pois isso permite prever se ele se encaixará na categoria de objetos que passarão perto da Terra.
Este ano, o Observatório Vera C. Rubin, também no Chile, entrará em operação e permitirá a descoberta de dezenas de milhares de asteroides em órbitas que podem fazer com que eles se aproximem da Terra, disse Ed Lu, diretor executivo do Asteroid Institute e ex-astronauta da Nasa.
“É um momento emocionante para a defesa planetária, porque estamos à beira de uma enxurrada de novas observações que nos permitirão rastrear 10 vezes mais asteroides do que jamais rastreamos antes”, disse Lu.
Missões como o OSIRIS-REx da Nasa e o Hayabusa2 do Japão estão explorando asteroides em nosso sistema solar e pretendem trazer amostras à Terra nos próximos anos.
Outras missões também estão planejadas. O Dart da Nasa, sigla para Double Asteroid Redirection Test (Teste duplo de redirecionamento de asteroide, em tradução livre), é um teste de defesa planetária para impedir que um asteroide atinja a Terra.
Previsto para ser lançado em julho de 2021, o Dart visitará o sistema de asteroides binários (em que um orbita o outro) Didymos e colidirá com o menor deles, afetando assim sua órbita.
A missão complementar da Agência Espacial Europeia Hera medirá com precisão como o Dart mudará a velocidade do asteroide maior e estudará a cratera de impacto do dispositivo no menor.