Após enquete de Musk, veja lista de possíveis candidatos para CEO do Twitter
Pesquisa feito pelo próprio Elon Musk terminou com 57% dos votos favoráveis para que o bilionário entregue o cargo de executivo-chefe da rede social
Elon Musk pode em breve estar à procura de um novo executivo-chefe para comandar o Twitter.
Depois de críticas crescentes a sua liderança vista como caótica no Twitter, incluindo decisões recentes de suspender jornalistas de tecnologia e introduzir (e depois excluir) uma política controversa que proíbe links para plataformas rivais, Musk postou uma enquete perguntando se ele deveria deixar o cargo de CEO.
A pesquisa terminou na manhã de segunda-feira (19) com 57% dos eleitores a favor de Musk entregar o cargo principal.
Musk não comentou os resultados da votação. Na verdade, passou um tempo estranhamente longo na segunda-feira sem tuitar.
Mas, mesmo que não honre imediatamente sua própria pesquisa, o CEO da Tesla provavelmente continuará enfrentando pressão dos investidores da montadora Tesla para entregar as rédeas a outra pessoa mais cedo ou mais tarde.
As ações da Tesla caíram 34% desde que seu acordo para comprar o Twitter, foi fechado e mais de 63% desde o início deste ano, já que os investidores se preocupam com suas muitas prioridades concorrentes. Musk também refletiu por anos sobre encontrar um sucessor para comandar a Tesla, sem nenhum progresso óbvio.
Musk, por sua vez, disse em um tuite no domingo, antes do encerramento da votação: “Ninguém quer o trabalho que pode realmente manter o Twitter vivo. Não há sucessor.”
Se Musk procurasse um novo CEO do Twitter, provavelmente teria muitos compradores dispostos. A lista de pessoas que já se ofereceram para administrar a plataforma inclui o ex-CEO da T-Mobile John Legere, o pesquisador de inteligência artificial do MIT Lex Fridman e o rapper Snoop Dogg (que talvez pudesse administrar o Twitter com a ajuda de sua amiga e personalidade do entretenimento Martha Stewart).
Tom Anderson, um dos fundadores do MySpace, também comentou sobre a enquete de Musk sobre deixar o cargo de CEO, dizendo: “Depende de quem você conseguir para administrá-lo”, com um emoji de rosto pensativo.
Também existem alguns candidatos altamente qualificados por aí — como o ex- COO do Facebook Sheryl Sandberg e o CTO Mike Schroepfer, que deixaram seus cargos na gigante da mídia social no início deste ano — embora convencê-los a enfrentar a máquina de caos que é o Twitter pode ser difícil.
Jack Dorsey, fundador do Twitter, CEO da Block e amigo de Musk, disse anteriormente que não voltaria a administrar a rede social.
Os candidatos em potencial mais óbvios para um novo CEO do Twitter são os subordinados diretos de Musk que ajudam a administrar a empresa desde sua aquisição. A lista curta provavelmente inclui o investidor Jason Calacanis, David Sacks, sócio da Craft Ventures, e Sriram Krishnan, sócio-geral da Andreessen Horowitz focado em cripto e ex-líder de equipes de consumidores do Twitter.
Se Musk escolher outra pessoa, isso pode permitir que ele entregue parte da responsabilidade diária e da prestação de contas de administrar o Twitter. Mas uma coisa quase certamente não mudaria: Musk continua no comando.
Musk afastou a antiga liderança e o conselho de administração da empresa e, como proprietário e único diretor do conselho, ele terá o poder de contratar e demitir quem quiser no comando da empresa.
Jason Calacanis
Calacanis, que surgiu no mundo da tecnologia como repórter durante o boom dos pontocom, é um investidor em estágio inicial que apoiou empresas conhecidas como Uber e Robinhood. Ele também lançou várias propriedades de mídia e hospeda dois podcasts (um em parceria com Sacks).
Calacanis tuitou na noite de domingo perguntando: “Quem gostaria do trabalho mais miserável em tecnologia e mídia?! Quem é louco o suficiente para comandar o Twitter?!?!”
Calacanis também fez sua própria enquete no Twitter perguntando aos seguidores se ele ou Sacks deveriam administrar a empresa, separadamente ou juntos, ou se outra pessoa deveria assumir. A maioria dos entrevistados votou em “outros”.
Em abril, pouco depois de Musk se oferecer para comprar o Twitter, Calacanis disse ao bilionário em uma mensagem de texto que “o CEO do Twitter é o emprego dos meus sonhos”.
David Sacks
Sacks, que junto com Musk estava entre os fundadores originais do PayPal, tem pelo menos alguma experiência no gerenciamento de uma rede social. Ele fundou e administrou a plataforma de comunicações corporativas Yammer, antes de vendê-la para a Microsoft em 2012 por US$ 1,2 bilhão.
Sacks tem sido particularmente inflexível em ecoar os pontos de discussão de Musks, seja justificando uma briga com a Apple ou tentando provocar indignação sobre uma conta no Twitter que postou informações disponíveis publicamente sobre o paradeiro do jato particular de Musk.
Um usuário do Twitter perguntou a Sacks no mês passado sobre o que ele e Musk discordavam, e Sacks respondeu com apenas uma coisa: “Xadrez”.
Sriram Krishnan
No papel, Krishnan pode ser a escolha mais óbvia do grupo. Ele tem experiência direta trabalhando no produto Twitter, tendo anteriormente ajudado a gerenciar as equipes responsáveis por recursos da plataforma, como busca e timeline inicial. Ele também trabalhou anteriormente em produtos de anúncios móveis para Snap e Facebook.
Mais recentemente, ele investiu em startups de criptomoedas na Andreessen Horowitz, o que poderia lhe dar uma experiência útil para cumprir a meta de Musk de desenvolver recursos de pagamento para o Twitter e torná-lo mais do que apenas um aplicativo de mídia social.
Krishnan é indiscutivelmente o menos conhecido – e, portanto, talvez o menos controverso – da atual equipe de liderança do Twitter de Musk, o que pode ajudar a desviar parte da recente atenção negativa que a empresa recebeu.
Curingas
Alguns usuários do Twitter especularam sobre outros possíveis líderes da empresa de mídia social, incluindo o genro de Donald Trump, Jared Kushner, que foi flagrado assistindo à Copa do Mundo com Musk no fim de semana.
Kushner é amigo da família real saudita, um dos maiores investidores do Twitter. Antes de trabalhar como consultor na Casa Branca de Trump, Kushner trabalhou para a empresa de desenvolvimento imobiliário de sua família e, no ano passado, disse que deixaria a política e abriria uma empresa de investimentos. Kushner também era dono do jornal semanal de Nova York, o New York Observer.