Acionistas do Twitter votam a favor do acordo de US$ 44 bilhões de Elon Musk
Votação ocorreu dias após terceira carta do bilionário dono da Tesla à rede social, buscando rescindir contrato de compra
Elon Musk pode estar lutando com unhas e dentes para sair de seu acordo de compra do Twitter, mas os acionistas da empresa de mídia social planejam mantê-lo.
Os acionistas do Twitter votaram na terça-feira a favor do acordo de aquisição de US$ 44 bilhões de Musk, um valor de US$ 54,20 por ação. As ações da empresa abriram na terça-feira a pouco menos de US$ 41 por ação, quase 25% abaixo do preço do negócio.
A votação ocorreu dias após a terceira carta de Musk ao Twitter buscando rescindir o acordo, com esta atrelada a uma suposta indenização de US$ 7,75 milhões que a empresa fez ao seu ex-chefe de segurança, Peiter Zatko, que mais tarde denunciou sua suposta segurança e vulnerabilidades de privacidade.
Na carta, os advogados de Musk alegaram que o pagamento – que teria sido feito a Zatko e seus advogados em 28 de junho como parte de um acordo de separação – violou uma cláusula do contrato de aquisição.
O Twitter concordou em não fornecer indenizações a funcionários em valores fora do “curso normal dos negócios consistente com as práticas anteriores”, de acordo com o contrato.
O Twitter classificou a última tentativa de Musk de sair do acordo como “inválida e injusta”.
Musk primeiro enviou uma carta para encerrar o acordo em julho, alegando que o Twitter violou o acordo ao deturpar o número de spam e contas de bots falsos em sua plataforma.
O Twitter processou Musk para concluir a aquisição, acusando o bilionário de usar bots como pretexto para sair de um acordo pelo qual ele desenvolveu remorso do comprador após um declínio do mercado.
Zatko testemunhou em frente ao Senado dos Estados Unidos na terça-feira sobre o que ele alegou serem sérias vulnerabilidades de segurança e privacidade do Twitter, incluindo possivelmente ter agentes de inteligência estrangeiros em sua folha de pagamento.
O caso entre Musk e o Twitter está programado para ir a julgamento em 17 de outubro.
*Clare Duffy, da CNN Business, contribuiu para este texto