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    Acidente com avião da FAB: saiba como funciona o sistema ejetor da aeronave

    Ferramenta utilizada em casos de emergência em veículos militares pode salvar a vida dos tripulantes

    Giovana Christda CNN

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    Um avião caça da Força Aérea Brasileira (FAB) caiu na tarde desta terça-feira (22) na região metropolitana de Natal, no Rio Grande do Norte, durante um voo de treinamento. O piloto usou o sistema de ejeção da aeronave e foi resgatado com vida. Entenda abaixo como funciona o sistema de ejeção.

    A ferramenta ejetora pode ser utilizada em casos de emergência com aviões militares e é considerada segura para salvar a pessoa que  está comandando o veículo em momentos críticos.

    De acordo com Annibal Hetem, professor de Propulsão do curso de Engenharia Aeroespacial da Universidade Federal do ABC (UFABC), esse dispositivo instalado no assento de caças supersônicos se assemelha a motores de foguetes e dá impulso para enviar o tripulante o mais distante possível da aeronave.

    “Além de acionar o assento ejetor, o ‘teto’ (ou os vidros) acima do piloto também são ejetados com dispositivos explosivos. O uso de foguetes e dispositivos explosivos é imperativo para que a operação ocorra com a velocidade adequada”, diz Hetem à CNN.

    “É importante que o piloto tenha treinamento específico para suportar essa manobra”, pondera.

    Mesmo sendo considerada segura para salvar a vida de um tripulante em risco de colisão ou falha, essa é uma medida extrema. “Não é isenta de riscos, pois a ejeção pode causar lesões, especialmente se ocorrer em velocidades muito altas”, explica o professor.

    “Entre os problemas mais comuns estão fraturas ósseas, compressão espinhal e lesões no pescoço ou coluna devido à aceleração da ejeção”.

    O sistema de ejeção de pilotos só existe em caças, não se aplicando para aeronaves de voos comerciais — usados por civis usam para deslocamentos cotidianos.

    Os veículos comerciais possuem outras estratégias e ferramentas para salvar os passageiros e pilotos em acidentes.

    “Em caso de emergência [em voos comerciais], os passageiros saem [da aeronave] pelas saídas de emergência usando escorregadores infláveis, que permitem uma evacuação rápida e segura após o pouso”, comenta Hetem.

    Segundo o professor, os dispositivos ejetores não são usados em veículos que fazem voos comerciais porque “seriam impraticáveis para aviões de passageiros devido ao tamanho da aeronave, o número de passageiros e a necessidade de segurança coletiva em situações de emergência.”

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