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    Visão Responde: quando teremos uma vacina contra Covid-19?

    A Coronavac, vacina produzida por laboratório chinês em parceria com o Instituto Butantan, está na última etapa antes da aprovação

    Da CNN

    O Instituto Emílio Ribas, em São Paulo, e o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto iniciaram nesta quinta-feira (30) os testes da vacina chinesa contra a Covid-19. A Coronavac, como é conhecida, está na terceira e última fase de testes.

    Mais de 850 profissionais da saúde do instituto e 500 do hospital vão participar dos testes. Ao todo, 9 mil voluntários serão testados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e em Brasília. Durante 12 meses, os profissionais da saúde serão acompanhados para a análise e evolução das doses aplicadas.

    Os testes, que estão sendo coordenados pelo Instituto Butantan, em São Paulo, devem ser concluídos entre outubro e novembro deste ano. Caso a eficácia da vacina seja comprovada, a produção nacional terá início em janeiro de 2021.  

    Na sexta-feira (31) mais dois centros de pesquisa vão começar os testes com a Coronavac: a Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

    Em entrevista à CNN, a infectologista Rosana Richtmann admitiu que nunca viu o desenvolvimento de uma vacina ser tão rápido — e sem pular etapas — como o que está acontecendo agora. Segundo ela, há cerca de 165 vacinas contra o novo coronavírus em andamento, e seis já estão na última etapa de testes.

    Richtmann explicou que toda vacina deve passar obrigatoriamente pelas fases 1 e 2 antes de chegar à fase 3.

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    A fase 1, disse ela, é basicamente para checar a segurança da vacina — ou seja, se pode ser aplicada em seres humanos sem evento adverso grave.

    Na fase 2, a vacina é aplicada em um número pequeno de pessoas, e verifica-se se o indivíduo responde com anticorpos.

    Na etapa 3, é possível saber se os anticorpos criados são suficientes para nos proteger contra o vírus.  

    A infectologista lembrou que o fato de algumas vacinas contra a Covid-19 já estarem na fase final de estudo não quer dizer que teremos uma vacina eficaz para todos.

    Isso significa, disse ela, que até o final do ano vamos ter os resultados das vacinas que estão na última fase e saber em que situações podem funcionar melhor ou pior.

    (Edição: Bernardo Barbosa)

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