Vendas de máscaras e de álcool em gel crescem até 70% em farmácias do Brasil
Segundo a Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho, a demanda aos fabricantes cresceu 20% e não há risco de desabastecimento
Devido ao aumento da contaminação pela Covid-19 após a chegada da variante Ômicron, o Brasil registra uma alta nas vendas de máscaras e álcool em gel neste primeiro mês do ano.
De acordo com a Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho, representante dos fabricantes que abastecem o mercado, o crescimento na demanda por máscaras aumentou cerca de 20% em comparação com o último trimestre de 2021.
Saindo dos fabricantes e indo para as farmácias, em uma das maiores redes de drogarias do Brasil, o volume de vendas de máscaras cresceu 70% no comparativo dos 12 primeiros dias de janeiro de 2022, em relação ao mesmo período de 2021. Já o álcool em gel registrou aumento de 25%.
Em outra grande rede nacional, nos últimos 20 dias, o álcool em gel teve um aumento de vendas de 50% e as máscaras de cerca de 20%, na comparação com o consumo diário nos meses de outubro e novembro. Já em outro grande grupo de drogarias, foi identificado um crescimento de 30% nos dois produtos, nas últimas três semanas.
Apesar da alta nas buscas, a Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho informou que não há chance de desabastecimento desses equipamentos no mercado. A capacidade de produção passou de 10 milhões de peças por mês, em março de 2020, para mais de 50 milhões em novembro de 2021.
A procura por testes de Covid-19 também apresentou um grande aumento em farmácias, segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). No último painel divulgado pela entidade, entre os dias 3 e 9 de janeiro, 482.126 pessoas fizeram testes para a doença nesses estabelecimentos, um aumento de 70% em comparação à semana anterior. Desse total, 145.673 tiveram diagnóstico positivo para a Covid. Uma média de 30,21%.
No Rio de Janeiro, diversos laboratórios particulares suspenderam a marcação de testes contra Covid-19 na quarta-feira (12), em virtude da falta de insumos. Para evitar desabastecimento, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), responsável por mais de 65% dos exames da rede privada, decidiu mudar as indicações para a realização de testes, oferecendo prioridade aos pacientes com sintomas graves ou com alto risco caso contraiam a doença.
Apesar disso, a Abrafarma informou que, mesmo com falta pontual de estoque de testes em algumas redes, não há falta generalizada dos insumos no país.