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    Varíola dos macacos: veja a lista de países com casos confirmados da doença

    Esclareça as principais dúvidas sobre a doença, como os principais sintomas, impactos para o organismo e como acontece a transmissão

    Lucas RochaGiulia Alecrimda CNN , em São Paulo

    A varíola dos macacos (Monkeypox) foi descoberta pela primeira vez em um macaco em 1958, o que levou à origem do nome. No entanto, a primeira infecção em um ser humano foi descoberta em 1970 em uma criança pequena na República Democrática do Congo, no continente africano.

    O vírus Monkeypox causa uma doença com sintomas semelhantes à varíola comum, mas menos graves. Embora a varíola tenha sido erradicada em 1980, a varíola dos macacos continua a ocorrer em países da África Central e Ocidental.

    Desde a década de 1970, um número crescente de casos foi reconhecido, em particular, nos últimos 5 a 10 anos. A doença é endêmica em partes da África, onde é registrada a maior parte dos casos, incluindo mortes, há décadas. No entanto, desde maio, tem sido registrados casos em outros países que normalmente não têm a doença.

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o atual surto constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). “Temos um surto que se espalhou rapidamente pelo mundo, por meio de novos modos de transmissão, sobre os quais entendemos muito pouco e que atendem aos critérios do Regulamento Sanitário Internacional”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.

    De acordo com levantamento realizado pela CNN, atualizado no domingo (7), ao menos 74 países confirmaram casos da doença (veja o mapa).

    Esclareça as principais dúvidas sobre a doença, como os principais sintomas, impactos para o organismo e maneiras de prevenir a transmissão do vírus.

    Quais são os efeitos para a saúde?

    A doença é causada por um vírus que pertence ao gênero ortopoxvírus da família Poxviridae. Existem dois grupos de vírus da varíola dos macacos: o da África Ocidental e o da Bacia do Congo (África Central).

    O período de incubação é geralmente de 6 a 13 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias. Na forma mais comum documentada da doença, os sintomas podem surgir a partir do sétimo dia com uma febre súbita e intensa.

    São comuns sinais como dor de cabeça, náusea, exaustão, cansaço e principalmente o aparecimento de inchaço de gânglios, que pode acontecer tanto no pescoço e na região axilar como na parte genital.

    Já a manifestação na pele ocorre entre um e três dias após os sintomas iniciais. Os sinais passam por diferentes estágios: mácula (pequenas manchas), pápula (feridas pequenas semelhantes a espinhas), vesícula (pequenas bolhas), pústula (bolha com a presença de pus) e crosta (que são as cascas de cicatrização).

    As lesões na pele na forma de bolhas podem variar de um paciente para o outro e aparecer em diversas partes do corpo, como rosto, mãos, pés, olhos, boca ou genitais.

    Transmissão da varíola dos macacos

    O vírus da varíola dos macacos é transmitido de uma pessoa para outra por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama. O período de incubação é geralmente de 6 a 13 dias, mas pode variar de 5 a 21 dias.

    A doença também pode ser transmitida pelo contato com a pele durante o sexo, incluindo beijos, toques, sexo oral e com penetração com alguém que tenha sintomas.

    O diretor regional da OMS para a Europa, Hans Henri P. Kluge, destaca que o vírus pode afetar qualquer pessoa, independente de orientação ou prática sexual.

    Em comunicado a OMS também afirmou que “estigmatizar as pessoas por causa de uma doença nunca é bom. Qualquer pessoa pode contrair ou transmitir a varíola dos macacos, independentemente de sua sexualidade”.

    Diagnóstico de Monkeypox

    diante de quaisquer sinais ou sintomas como febre alta e súbita, dor de cabeça e aparecimento de aumento nos gânglios é necessário procurar atendimento médico especializado ou unidades básicas de saúde (UBSs).

    O diagnóstico é essencial para que os pacientes recebam os cuidados clínicos para o alívio dos sintomas, além de orientações sobre a ingestão de líquidos, alimentação e indicações sobre o isolamento.

    O isolamento reduz os riscos de transmissão da doença. Os pacientes devem evitar o compartilhamento de objetos pessoais como toalhas e roupas de cama. Cuidados básicos e de higiene podem ajudar a evitar o agravamento das lesões, que pode favorecer o risco de infecções secundárias.

    (Com informações da Reuters)

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