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    Varíola dos macacos pode ser transmitida pela roupa e por lençóis, diz médico; entenda

    Doença também pode ser propagada pelo ar, mas de forma diferente da Covid-19; vírus não é capaz de viajar por muitos metros

    Júlia VieiraVinícius Tadeuda CNN , em São Paulo

    A varíola dos macacos (Monkeypox) pode ser transmitida por roupas, cobertores, toalhas, além de poder ser propagada pelo ar, afirmou o presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, Flávio Fonseca, em entrevista ao Visão CNN desta quinta-feira (28).

    O médico explica que a principal forte de contaminação da doença é por meio do líquido cheio de partículas virais liberado pelas lesões.

    Em um primeiro momento, essa lesão surge em forma de pústula, semelhante a uma pequena picada de pernilongo. Depois, essa pústula vira uma vesícula, como uma espinha, e ulcera, ou seja, libera um líquido.

    “Quando isso acontece, ela gera um líquido com muito vírus, por isso essa doença tem esse caráter infeccioso”, aponta Fonseca.

    Por esse motivo, a doença pode ser transmitida por tecidos que tiveram contato direto com esse líquido.

    “Pode ter contágio pela roupa. As lesões liberam esse líquido que pode sujar roupas, cobertores, roupas de banho e toalhas. Tudo isso é infeccioso. Se essa pessoa usar um utensílio e estiver com uma lesão na mão, ao pegar um garfo, por exemplo, ela acaba o infectando”, exemplifica o especialista.

    O presidente da Sociedade Brasileira de Virologia enfatiza, porém, que o contato íntimo é a principal forma de transmissão.

    “Não é necessariamente um contato sexual, é um contato íntimo, porque as pessoas têm que estar com a pele encostada uma na outra para que o líquido presente nessas lesões contamine outra pessoa.”

    Fonseca também diz que é possível que a transmissão aconteça pelo ar, mas enfatiza que o mecanismo é diferente da Covid-19. Isso se dá pelo fato do vírus não ser capaz de viajar por muitos metros.

    “A Covid é uma infecção pulmonar do epitélio da garganta. A pessoa tosse, espirra e elimina aquele spray, gotículas pequenas que chamamos de aerossol, que viaja por até 60, 70 metros. No caso da varíola dos macacos, essas lesões que aparecem na pele também pode acontecer na garganta, na traqueia. Só que diferentemente da Covid, o vírus não está presentem em aerossóis, ele está presente nos perdigotos, gotículas maiores, que viajam menos. Elas vão, no máximo, 3 metros de distância da pessoa que está tossindo”, detalha o virologista.

    Confira a entrevista completa no vídeo acima.

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