Variante mais transmissível do que a Ômicron circula na Europa, diz especialista
À CNN Rádio, Alexandre Naime ponderou que o Brasil tem “platô” de casos de Covid-19, com maioria das internações sendo de idosos e imunossuprimidos
Na última semana, a União Europeia atingiu 1,5 milhão de casos de Covid-19 na última semana, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.
De acordo com o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia Alexandre Naime, a situação europeia “alerta sobre a vigilância diante da circulação maior do vírus.”
Em entrevista à CNN Rádio, ele destaca que o cenário de aumento de casos acompanha também o número de internações, com destaque para França, Bélgica, Itália e Portugal.
“Existe padrão de aumento, em torno de 20 a 30%, a comunidade científica já esperava que iria acontecer, não só pela chegada do frio, mas devido à nova variante que circula.”
Naime explica que há a prevalência do BQ 1.1, variante “bem mais transmissível do que a Ômicron.”
Situação do Brasil
Embora veja um platô no Brasil, Naime afirma que o número de óbitos, que não ultrapassa as 200 vítimas diárias, mas também não cai abaixo de 50, “não é confortável.”
Ele destaca que o grupo de pessoas internadas com a Covid-19 é majoritariamente de pessoas acima de 75 anos e imunossuprimidas, que têm durabilidade menor de proteção com a vacina.
Para reverter este quadro, Alexandre Naime defende que haja acesso aos medicamentos aprovados pela Anvisa para tratamento nos primeiros sintomas, como os anticorpos monoclonais, com urgência.
*Com produção de Isabel Campos