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    Vacinas contra a gripe têm chances de atenuar sintomas da Covid-19, diz médico

    Médicos da Fiocruz e SBIm também enfatizam que vacinas contra a Influenza precisam ser aplicadas para não aumentar problemas no sistema de saúde do país

    Produzido por Camille Couto e Henrique Andrade, da CNN em São Paulo

    O presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Juarez Cunha, afirmou que as quedas na adesão à vacinação contra a gripe e outras doenças virais preocupam a instituição.

    Cunha ressalta que a capanha da gripe começa em abril e a importância é dobrada já que uma recente pesquisa aponta que o imunizane contra a influenza pode agir de maneira benéfica para atenuar o novo coronavírus. 

    “Um estudo publicado numa revista americana fala sobre a possibilidade da vacina da gripe levar alguma proteção para a Covid-19. Isso é uma coisa muito interessante porque, por enquanto, nós não temos vacina de Covid-19 para toda a população e temos uma doença respiratória com quadro parecido”, afirma o médico.

    “Nós temos que estimular a vacina da influenza. A campanha começa em 12 de abril e 80 milhões de pessoas poderão ser vacinadas”, completa.

    A médica e pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcolmo, reverberou a fala de Juarez e afirmou que está liderando uma pesquisa que envolve a vacina BCG e o vírus que provoca a Covid-19.

    “Há vacinas que podem não impedir a Covid, mas podem atenuar a virulência de um episódio. Nós estamos fazendo pesquisas com a velha vacina BCG, para a Covid-19. A nossa hipótese é que a BCG possa propiciar uma atenuação ou aumentar a ação imunológica das vacinas para Covid-19”, revela a médica.

     

    Vacinas brasileiras

    Margareth Dalcolmo comentou sobre as vacinas brasileiras – a Versamune, desenvolvida pela USP de Ribeirão Preto e a Butanvanc, que será produzida pelo Instituto Butantan. Ambas enviaram documentos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a fim de realizarem testes em humanos no Brasil.

    Dalcolmo, no entanto, não acredita que o prazo divulgado pelo governo de São Paulo, de que a produção do imunizante já começaria em julho. 

    “Eu, particularmente, não creio. Acho que ainda têm etapas a serem seguidas, mas é preciso passar para a opinião pública a informação verdadeira. Não existe ‘jeitinho’, pular etapas, não existe fazer mais rápido, existe fazer certo e seguro para que todos possam usar”, ressalta.

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