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    ‘Vacinas estão se mostrando efetivas’, diz vice-presidente da SBIm

    Médica Isabella Ballalai diz que a vacinação está diminuindo casos, mortes e hospitalizações

    Produzido por Layane Serrano, da CNN em São Paulo

    O Brasil deu início à campanha nacional de vacinação em janeiro e, até o momento, 10% da população acima de 18 anos recebeu as duas doses de uma das vacinas disponíveis. Em entrevista à CNN, neste domingo (30), a médica e vice-presidente da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), Isabella Ballalai, disse que as vacinas estão sendo efetivas.

    “Todas as vacinas estão se mostrando efetivas, que, além de eficazes, impactam na prática diminuindo casos, mortes e hospitalizações. A gente tem esses resultados em Manaus, a gente tem esses resultados em São Paulo e, cada dia, vão ter mais dados para entender melhor”, disse.

    Em alguns casos raros, segundo a especialista, a pessoa, mesmo tendo tomado as duas doses, ainda tem chance de adquirir a doença e chegar à óbito. “Mas não significa que a vacina não está servindo para nada”, ressalta. 

    Isabella Ballalai deu como exemplo de efetividade o Chile, que já vacinou mais da metade de sua população ao passo que enfrenta um pico de novos casos.

    “Tem pessoas questionando o Chile, que tem um excelente resultado com a Coronavac, com 99% de redução de UTI [Unidade de Terapia Intensiva], mas que mesmo assim vive o seu pior momento da doença. Vacina nenhuma é 100%, e o que a gente deseja do Chile, que vacinou 51% de sua população, é que ele não tenha nova onda […] Não vamos entender que mesmo com 50% da população vacinada, o problema acabou.”

    Para exemplificar o papel da vacina em uma localidade onde o coronavírus ainda é presente e altamente transmissível, ela relaciona o Brasil com o país vizinho sul-americano.

    “As pessoas estão comparando e dizendo que não adiantou nada a vacinação, mas uma coisa é a gente estar aqui no Brasil, com 2.000 mortes por dia. Outra coisa é estar no Chile, que já vacinou 50%, e tem 30 mortes.”

    Segundo a médica, os estudos de fase 4, sobre a efetividade, estão acontecendo agora, à medida que é possível coletar dados de como a vacinação está interferindo na vida real. Ainda está sendo analisado, por exemplo, por quanto tempo a vacina garantirá proteção e se será preciso um reforço futuramente.

    Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (30-05
    Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (30-05-2021)
    Foto: Reprodução / CNN

    As vacinas contra a Covid-19 garantem proteção porque previnem a doença, especialmente nas formas graves, reduzindo as chances de morte e internações.

    Embora não impeçam o contágio e nem a transmissão do vírus, a vacinação é essencial, já que induz o sistema de defesa do corpo a produzir imunidade contra o coronavírus pela ação de anticorpos específicos, segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).