Vacinas brasileiras são de estágio inicial e é preciso cautela, diz especialista
Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, disse que os testes estão no início e que é preciso cautela com as vacinas
A sexta-feira (26) foi marcada pelo anúncio de uma vacina 100% produzida no Brasil, pelo Instituto Butantan e depois de uma vacina nacional sendo desenvolvida pelo governo federal.
Apesar do entusiasmo gerado pelas notícias, Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) disse que ainda há um longo caminho pela frente para os imunizantes, que podem até não ser aprovados.
“O anúncio das vacinas é o começo, mas é preciso cautela. Começamos os testes e não sabemos se vão funcionar nem se vão chegar no final do processo. O cenário é que estamos iniciando a produção sob risco, foi o que aconteceu com a Pfizer, Oxford e Coronavac para que se aprovada, a vacina comece a ser aplicada imediatamente.”
Kfouri relembra que a OMS tem uma lista de mais de 200 vacinas em fase pré-clínica e cerca de 80 remédios em fase clínica, com as vacinas brasileiras nessa segunda lista.
“A OMS tem cerca de 200 vacinas em estudos pré-clínicos, de testes em animais. Realizando testes em seres humanos, temos cerca de 80 vacinas. As vacinas apresentadas hoje entram nesse grupo, que é quando começam os desafios para definir a concentração da vacina, quantas doses serão necessárias e outras questões importantes.”
