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    Vacinação no Brasil vai acabar em 2024 mantendo o ritmo atual, segundo a Fiocruz

    A afirmação do órgão vai contra a fala do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de que conseguirá vacinar toda a população do Brasil até o final de 2021

    Leandro Resendeda CNN

    Se mantido o atual ritmo de vacinação contra o novo coronavírus, o Brasil só conseguirá imunizar todos os brasileiros em meados de março de 2024. A previsão é do Monitora Covid-19, portal de acompanhamento da evolução da doença no Brasil mantido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e usa os dados atualizados até as 22h de quinta-feira (11). 

    De acordo com os cálculos do portal, até agora menos de 3% dos brasileiros foram vacinados. Capitais como o Rio de Janeiro e Manaus podem ficar sem doses já neste final de semana, o que levaria a alterações no calendário de vacinação. 

    “Nós ainda temos um gargalo de chegadas de vacinas aqui no Brasil. A produção aqui no Brasil vai aumentar, é claro, via Fiocruz, mas o ritmo é muito lento. Estamos em uma reta, que tende a crescer quando começarmos a vacinar pessoas de 70, 60 anos”, afirmou o vice-diretor do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde da Fiocruz, Christovam Barcellos, que coordena o Monitora Covid-19. 

    Os dados do portal revelam que, até aqui, 41% das doses distribuídas no Brasil já foram aplicadas. 

    Segundo Barcellos, são duas as razões para isso: há uma reserva de vacinas para aplicação da segunda dose; e podem estar acontecendo problemas de logística na distribuição. “Parece que há uma insegurança das cidades, uma retenção das doses por medo de que elas acabem”, argumentou.  

    O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou na quinta-feira no Senado que pretende imunizar todos os brasileiros até o final do ano. 

    A ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Carla Domingues, afirmou à CNN que “a meta é muito ousada”. “Se contar só com Fiocruz e Butantan, a meta não será cumprida. Precisamos negociar com outros fornecedores”, disse.

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