Vacinação contra a Covid em adolescentes no Rio ainda não tem data para começar

A vacinação contra a Covid-19 em adolescentes a partir de 17 anos na cidade do Rio foi adiada devido ao número insuficiente de doses de vacinas enviadas pelo Ministério da Saúde ao estado neste fim de semana. De acordo com a secretaria municipal de Saúde, a capital recebeu apenas 115.996 doses das vacinas da Pfizer, Fiocruz e Butantan.

O total de vacinas destinadas à vacinação na cidade do Rio corresponde a aproximadamente o número de doses aplicadas em um único dia, como na última sexta-feira (20), quando foram imunizadas 110 mil pessoas. Apesar de estar prevista a chegada de uma nova remessa de imunizantes nesta segunda-feira (23), ainda não há uma data definida para dar início à imunização dos adolescentes.

Enquanto isso, a vacinação na capital está restrita à aplicação da primeira dose para adolescentes com deficiência a partir dos 12 anos, pela manhã. No período da tarde, preferencialmente, haverá a repescagem para gestantes, puérperas, lactantes e pessoas com 25 anos.

Na noite de sábado (21), foram entregues ao estado pouco mais de 330 mil doses dos imunizantes, sendo 12,5 mil doses da vacina Oxford/Astrazeneca para aplicação da segunda dose, 151 mil da Coronavac e 167,3 mil da Pfizer para as duas aplicações previstas no esquema vacinal.

No sábado (21), o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), confirmou à CNN que a Procuradoria Geral do Município irá entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), para obter o número adequado de vacinas contra a Covid-19. Segundo a pasta, as doses enviadas não são proporcionais à população carioca.

O secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, afirmou que existe a promessa de o Ministério da Saúde aumentar em 5% a quantidade de vacinas enviadas à cidade, que se tornou epicentro da variante Delta no país.

A taxa de ocupação de leitos de UTI na rede SUS da capital está em 95%. Dos leitos de enfermaria disponíveis, 88% estão ocupados.