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    Vacina garante ‘alguma proteção’ contra casos de H3N2, diz especialista

    Sintomas da nova variante da gripe são semelhantes aos registrados nos casos de contaminação pelo coronavírus

    Vacina contra a gripe
    Vacina contra a gripe Andreas Rentz/Getty Images

    Artur Nicocelido CNN Brasil Business*

    São Paulo

    Além do coronavírus, outra doença de vírus respiratório que está assustando os brasileiros é a variante da gripe H3N2. Entretanto, ainda há esperanças em meio às incertezas. Segundo o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Daniel Villela, as atuais vacinas aplicadas na população garantem “alguma proteção” contra a nova gripe.

    “O imunizante garante alguma proteção porque os vírus são muito parecidos. A vacina normalmente é preparada para proteger contra a H1NI, H3N2 e o influenza B”, declarou Villela. “Mas, além disso, a população também deve procurar se proteger com as mesmas ações feitas contra o coronavírus”. Ambas as doenças são conhecidas por terem sintomas parecidos.

    Segundo o pesquisador, a única saída para diferenciar com precisão o H3N2 da Covid-19 é a realização de um teste hospitalar.

    “E a pessoa que estiver um quadro grave deve procurar um médico para saber se deve tomar a vacina”, afirmou Villela. “Caso seja um quadro leve, é apenas uma questão de se proteger com o intuito de se cuidar e também não disseminar a H3N2, já que demora um tempo para que se crie anticorpos”.

    Ao todo, 12 estados mais o Distrito Federal confirmaram casos da variante H3N2. “E, para reduzir a disseminação da gripe, os municípios que não tiveram casos devem prestar atenção, estarem preparados com leitos em hospitais para conseguir atender o público e que a vigilância atue para determinar quais são os vírus que estão circulando nos locais, ou seja, ter ações preventivas antes de ter ocupação máxima dos leitos”.

    Um dos principais motivos para a disseminação da variante, segundo o especialista, é que “no ano passado teve uma preocupação muito forte com a Covid-19, reduzindo a atenção contra outras doenças, como a influenza, por exemplo. Assim, como teve uma baixa adesão, as pessoas ficaram mais vulneráveis”.

    “Por isso, o mais importante é se vacinar”, finaliza Villela.