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    Vacina da Pfizer não requer ajustes às variantes até o momento, diz BioNTech

    Empresa alemã afirmou que oferecer uma 3ª dose da vacina é a melhor resposta às preocupações sobre a diminuição da proteção imunológica

    Vacina contra Covid-19 da Pfizer no Rio de Janeiro
    Vacina contra Covid-19 da Pfizer no Rio de Janeiro Foto: Ricardo Moraes/Reuters (4.mai.2021)

    Reuters

    A BioNTech afirmou que repetir as aplicações da sua vacina contra a Covid-19, da qual mais de um bilhão de doses já foram fornecidas em todo o mundo, é uma estratégia melhor do que adaptar o produto desenvolvido em parceria com a Pfizer a novas variantes.

    A empresa de biotecnologia alemã afirmou que oferecer uma terceira dose da vacina, estabelecida atualmente com um regime de duas doses, continua sendo a melhor resposta às preocupações sobre a diminuição da proteção imunológica diante da variante Delta altamente contagiosa, à medida que cepas piores podem surgir.

    A BioNTech disse que os mais de um bilhão de suprimentos em 21 de julho aumentaram em relação às 700 milhões de doses anunciadas em junho.

    Isso se compara à afirmação da AstraZeneca, em julho, que a farmacêutica e seu parceiro de fabricação, o Instituto Serum, da Índia, forneceram um bilhão de doses em todo o mundo.

    Com base em contratos de entrega assinados para mais de 2,2 bilhões de doses até o momento, a BioNTech disse em um comunicado, detalhando seus ganhos do segundo trimestre, que espera acumular 15,9 bilhões de euros (cerca de R$ 97 bilhões) em receita com a vacina este ano, 12,4 bilhões de euros (cerca de R$ 76 bilhões) acima de uma previsão de maio.

    Isso inclui vendas, pagamentos, e uma parcela do lucro bruto nos territórios de seus parceiros, acrescentou a BioNTech.

    No final de julho, a Pfizer elevou sua previsão de participação nas vendas de vacinas em 2021 para US $ 33,5 bilhões (cerca de R$ 175 bilhões) e disse na época que acredita que as pessoas precisarão de uma terceira dose da vacina. A decisão da Pfizer e da BioNTech, no início de julho, de buscar autorização para uma  terceira dose atraiu críticas dos reguladores de saúde dos Estados Unidos, que afirmaram que ainda não havia dados suficientes para mostrar a necessidade de doses de reforço.

    As agências de saúde dos Estados Unidos discutiram desde então doses adicionais para pessoas com sistema imunológico comprometido, enquanto a Alemanha e a França disseram que iriam aplicar a terceira dose para os mais vulneráveis a partir de setembro.

    A decisão vai de encontro com um apelo da Organização Mundial da Saúde (OMS) para que as doses disponíveis sejam utilizadas para impulsionar as campanhas de vacinação em países mais pobres que até agora foram deixados para trás.

    O presidente-executivo da BioNTech, Ugur Sahin, disse que, embora o trabalho esteja em andamento para ajustar a vacina às variantes, não está claro se outra versão do vírus substituirá a agora prevalente variante Delta.

    “Tomar uma decisão no momento pode acabar sendo errado em três ou seis meses se outra variante estiver dominando”, disse Sahin, durante uma ligação com um analista.

    O diretor médico Oezlem Tuereci disse que experimentos de laboratório mostraram que uma terceira dose gerou anticorpos neutralizantes contra uma variedade de cepas e que o reforço de anticorpos estava acima daquele após uma segunda dose.

    Ainda assim, a empresa reiterou planos para começar a testar uma vacina ajustada à variante Delta em humanos este mês, parte de uma “estratégia abrangente para lidar com as variantes”.

    (Reportagem de Ludwig Burger; edição de Chizu Nomiyama e Alexander Smith)