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    Vacina contra HPV: veja tudo que se sabe a respeito

    Imunização contra o vírus previne cânceres de colo do útero, vulva e vagina, pênis, de orofaringe e de ânus, além de verrugas genitais

    Vacina contra o HPV
    Vacina contra o HPV Banco de imagens/Pexels/RF._.studio

    Pedro N. Jordãoda CNN

    São Paulo

    O papilomavírus humano (HPV) é o vírus que provoca a infecção sexualmente transmissível (IST) mais frequente e também o maior causador do câncer de colo de útero. No entanto, existe um imunizante contra a doença – veja abaixo tudo o que se sabe sobre a vacina contra o HPV.

    Ao infectar a pele ou as mucosas oral, genital ou anal, o HPV costuma ser silencioso por tempo indeterminado, mas também pode provocar uma série de reações visíveis, como verrugas e câncer, a depender do subtipo do vírus.

    Estima-se que o HPV vá infectar 80% da população em algum momento da vida. Além disso, ele é identificado em mais de 99% dos casos de câncer de colo de útero, segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

    O HPV também está relacionado com o surgimento de lesões (malignas e benignas) na vulva, na vagina, na orofaringe, no pênis e no canal anal.

    Essas lesões vêm, inclusive, aumentando anualmente. Todos os anos, são registrados milhões de casos com pequeno predomínio na população masculina, segundo a SBIm.

    Por isso, a imunização contra os subtipos existentes de HPV se faz cada vez mais necessária.

    A vacina foi desenvolvida inicialmente para proteger as mulheres do câncer de colo de útero, mas o aumento do número de casos em ambos os sexos levou programas nacionais de saúde a incluir a população masculina nos planos de prevenção.

    Quantos tipos de vacina há e o que previne?

    Existem dois tipos de vacinas contra o HPV: a HPV4 (ou tetravalente) e a HPV9 (ou nonavalente). No entanto, só a primeira está disponível no Brasil.

    A vacina HPV tetravalente pode prevenir os cânceres relacionados aos HPV 16 e 18, de colo do útero, vulva e vagina, câncer peniano e cânceres de orofaringe e anal em homens e mulheres.

    Além disso, a vacina tetravalente também pode prevenir verrugas genitais (chamadas de condilomas) relacionadas ao HPV 6 e 11.

    Quem deve tomar a vacina?

    Atualmente, a indicação da SBIm é para que cinco grupos sejam imunizados contra o HPV. São eles:

    • Meninos dos 11 aos 14 anos;
    • Meninas 9 aos 14 anos;
    • Pessoas com imunossupressão até 45 anos;
    • Pessoas com vagina (mulheres cis e homens trans) até 45 anos;
    • Pessoas com pênis e com imunossupressão ou que se relacionam com outras pessoas com pênis, até os 45 anos, independentemente de viverem ou não com HIV.

    Os casos apontados como “imunossupressão” se referem a pessoas em tratamento contra um câncer ou pessoas que vivem com HIV.

    Quem pode tomar pelo SUS?

    Apesar da indicação da SBIm, somente três grupos podem receber a vacina contra o HPV gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS):

    • Meninas de 9 a 14 anos;
    • Meninos de 11 a 14 anos;
    • Pessoas imunossuprimidas de 9 a 45 anos.

    Quem não pode tomar a vacina?

    A contraindicação para a vacina tetravalente do HPV é para gestantes e pessoas que apresentaram alergia aguda a algum dos componentes do imunizante ou depois de receber uma primeira dose.

    Quanto custa uma dose no sistema particular?

    As pessoas que não podem tomar a vacina contra o HPV pelo SUS, ainda podem recorrer a consultórios médicos privados para serem imunizados.

    No entanto, a vacina costuma ter uma média de preço elevada, em torno de R$ 700,00, o que acaba inviabilizando a imunização para grande parte da população brasileira que se enquadra nos demais grupos.

    Quantas doses são necessárias?

    Para a imunização completa ser efetivada é necessário tomar três doses da vacina tetravalente.

    O espaço de tempo entre uma dose e outra deve ser de alguns meses.