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    Vacina contra Covid-19 da UFRJ produz anticorpos de forma “intensa” em animais

    Universidade Federal do Rio de Janeiro aguarda autorização para iniciar testes em humanos. Expectativa é que eles comecem em novembro

    Câmara dos Deputados aprova dispensa de licitação para compras relacionadas à pandemia
    Câmara dos Deputados aprova dispensa de licitação para compras relacionadas à pandemia Thomas Angus/Imperial College London

    Beatriz Puenteda CNN

    no Rio de Janeiro

    Um relatório com mais de 150 páginas submetido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aponta que a vacina desenvolvida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), chamada de UFRJVac, promove uma produção de anticorpos contra a Covid-19 considerada “intensa” em animais.

    “Até outubro, vamos complementar com mais dados pré-clínicos (testes em animais) e vamos discutir outros resultados. Quando estiver completo, a Anvisa pode tomar a decisão. Esperamos fazer testes em humanos em novembro”, informou a engenheira química Leda Castilho, que coordena a pesquisa da vacina e que também coordena o Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares (Lecc) do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe/UFRJ).

    A UFRJ aguarda a autorização da Anvisa para iniciar a busca por voluntários maiores de 18 anos, já vacinados há pelo menos 12 semanas e que não tiveram Covid-19. A previsão é de que mil pessoas participem do estudo. O pedido foi protocolado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária no dia 9 deste mês.

    Proteção contra variantes

    Segundo a Universidade Federal do Rio de Janeiro, o imunizante está sendo ajustado para combater as variantes do coronavírus, como a Gama, Delta e Beta. Isso porque a vacina é baseada na tecnologia da proteína recombinante, ou seja, na cópia da proteína S (Spike) do vírus SARs-COV-2, e é facilmente aplicável a outras cepas.

    A tecnologia utilizada no desenvolvimento do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) da vacina da UFRJ também permite que sejam feitas alterações na proteína S, de acordo com as mutações apresentadas pelas variantes do novo coronavírus. Algumas delas já estão prontas, e a expectativa dos pesquisadores é de que, até o final do ano, seja decidido qual será usada no componente ativo do insumo.

    *sob supervisão de Pauline Almeida