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    Vacina contra cocaína barra “circuito de recompensa” da droga, diz pesquisador

    À CNN Rádio, Frederico Garcia, da UFMG, afirmou que espera que parceria com a prefeitura e governo de São Paulo seja concluída nos próximos dias

    Faculdade de Medicina da UFMG

    Amanda Garciada CNN

    A vacina Calixcoca, desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais, “pode ser esperança” para dependentes de cocaína e crack.

    É o que defende o pesquisador Frederico Garcia, que é professor da UFMG.

    À CNN Rádio, ele explicou que a vacina é terapêutica, como o tratamento contra alergias: “A intenção não é prevenir, mas tratar a dependência de cocaína e crack.”

    O especialista disse que o funcionamento do imunizante acontece a partir de uma molécula inédita que foi sintetizada.

    “O que ela faz é que, quando injetada, passa a produzir anticorpos anticocaína, que se ligam à cocaína como quando consumida, e impede que ela passe por barreira encefálica.”

    Dessa forma, a droga “não aciona o circuito de recompensa” no cérebro.

    “A grande dificuldade do dependente são as recaídas, que acionam o recurso de compulsão”, completou.

    Agora, a vacina está na etapa pré-clínica, em que apresentou bons resultados de eficácia e segurança em animais.

    O imunizante manteve os anticorpos em camundongos e macacos por até um ano.

    Garcia avalia que “o paciente ideal é o que conseguiu interromper o uso da droga, em clínicas, por exemplo, e usa a vacina antes de retomar a vida, para maximizar o efeito.”

    Agora, está sendo elaborado um dossiê para ser entregue à Anvisa, e, então, começar os testes em humanos.

    “A pesquisa em saúde custa muito dinheiro, e a prefeitura de São Paulo finalizou a ajuda nesse processo, com o governo paulista também tendo entrado em contato.”

    Frederico Garcia afirmou que ainda busca outros parceiros, mas que espera “avançar nos próximos dias, espero parceria também com o governo e o Instituto Butantan”.

    *Com produção de Isabel Campos