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    Uso de metanfetamina teve “boom” entre homens gays na pandemia, diz especialista

    À CNN Rádio, o médico infectologista Rico Vasconcelos explicou que a utilização da droga para melhorar a experiência sexual acaba muitas vezes em dependência

    Amanda Garciada CNNRafael CâmaraCarol RaciunasLetícia Brito

    O uso da metanfetamina teve “boom entre homens gays na pandemia de Covid-19″, afirmou o médico infectologista Rico Vasconcelos, em entrevista à CNN Rádio, no CNN no Plural+.

    “Não temos números sólidos, mas uma coisa fácil de perceber que aumentou o uso é ver os consultórios de psiquiatras e infectologistas enchendo de pessoas com transtornos pela droga”, disse.

    De acordo com o especialista, a escalada de casos de dependência tem relação com a falta de convívio pessoal durante o isolamento da pandemia.

    “Sem locais de socialização abertos, muitas pessoas acabaram começando ou aumentando o uso de substâncias psicoativas.”

    Vasconcelos conta que uma parte da população de homens gays e bissexuais usa substâncias como a metanfetamina como estimulante sexual, na prática chamada de “chemsex”.

    “As pessoas começam com esse objetivo de melhorar a performance sexual, mas se tornam dependentes.”

    Dessa forma, os usuários passam a ter prejuízos na vida pessoal e de saúde.

    “Essa população se acostuma a fazer sexo sem capacidade de gerenciar vulnerabilidade a infecções sexualmente transmissíveis, como o uso de preservativo.”

    O tratamento, segundo o médico, é “complexo e individualizado”: “Ele passa por acompanhamento com psiquiatra, uso de medicamentos para conter a fissura, e psicoterápico para ressignificar o sexo e em alguns casos a internação pode ser opção”.

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