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    Uso de máscaras em locais fechados volta a ser obrigatório em universidades do RJ

    Medida tem sido tomada por instituições públicas de ensino, por conta do aumento de casos de Covid-19

    Vitória OliveiraLucas Janoneda CNN , no Rio de Janeiro

    Pelo menos quatro universidades públicas do Rio de Janeiro voltaram a obrigar o uso de máscaras de proteção em ambientes fechados, em meio ao aumento de casos de Covid-19 no país.

    A edição mais recente do Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra que os casos de coronavírus representam cerca de 59,6% da ocorrência de quadros de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) com identificação viral no país.

    Na tentativa de conter o avanço do vírus, a obrigatoriedade da máscara em lugares fechados foi implementada, ao longo dos últimos dias, pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) e pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

    Sobre a determinação sanitárias adotadas pelas universidades do Rio de Janeiro, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) reconheceu a legitimidade das universidades para tomar medidas como essas. “As instituições têm a liberdade para colocar em prática ações restritivas contra a Covid-19″.

    É importante destacar que o uso de proteção facial é opcional no estado, em qualquer ambiente.

    O movimento feito pelas instituições fluminenses vai ao encontro com as determinações do governo estadual de São Paulo, que voltou a recomendar a utilização da proteção facial em locais fechados, a partir da terça-feira (31). A medida é uma recomendação do Comitê Científico do Coronavírus no Estado de São Paulo, órgão associado ao governo estadual.

    De acordo com Marcelo Gomes, pesquisador da Fiocruz, responsável pelo Boletim InfoGripe, a decisão de recomendar o uso de máscaras em ambientes fechados é prudente. Ele explica que a alta dos casos de Covid-19 é influenciada, também, pela queda na temperatura ao longo dos últimos meses.

    “A onda de frio tem papel importante nesse crescimento de casos, porque foi um momento em que a temperatura caiu logo após a flexibilização de medidas restritivas contra Covid-19. A gente deveria manter as medidas para evitar o aumento durante os períodos mais frios do ano”, destaca Gomes.

    O pesquisador Raphael Guimarães, do Observatório Covid-19 Fiocruz, afirma que é necessário conhecer melhor o cenário que leva à alta do número de casos confirmados.

    “Essa alta pode ser reflexo da nova linhagem da Ômicron, ou somente um pico isolado, como o próprio curso da pandemia, que se espera alguns picos oscilatórios até que a gente tenha um encerramento definitivo da curva epidêmica”, disse Guimarães.