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    Nise Yamaguchi defende protocolo federal para uso da cloroquina por médicos

    Para a imunologista integrante do gabinete federal de combate à crise do coronavírus, é preciso que seja feito ajustes nas determinações do Ministério da Saúde

    Da CNN, em São Paulo

    Em entrevista à CNN na tarde desta quarta-feira (13), Nise Yamaguchi, imunologista, oncologista e integrante do gabinete federal de combate à crise do novo coronavírus, defendeu o uso da hidroxicloroquina e da cloroquina contra a Covid-19 desde o início dos sintomas.

    Disse também que “não adianta querer que cada estado resolva o problema. Isso tem que ser algo em nível federal para que os pacientes possam ter a prescrição quando o médico assim desejar”.

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    Desde os primeiros dias da pandemia no país, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defende a cloroquina como uma alternativa para o combate à doença. Na manhã desta quarta-feira, Bolsonaro voltou a apoiar o uso do medicamento em pacientes em estágio inicial.

    Atualmente, a utilização da cloroquina em pacientes com a Covid-19 no país é autorizada pelo Ministério da Saúde em pacientes em estado crítico, desde que o médico e o paciente concordem com o uso.

    No entanto, segundo Nise, é preciso que sejam feitos alguns ajustes no protocolo, pois “não está constando [o uso combinado] da azitromicina e do zinco. Fala que pode ser feito, mas o ideal é que fosse melhor orientado”, disse. 

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    Além disso, para a médica, o modelo ideal para disponibilizar o medicamento aos pacientes diagnosticados com o novo coronavírus seria que o agente comunitário do programa Saúde da Família o levasse para uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ao invés de levá-lo ao hospital ou ao pronto-socorro para evitar fila de espera e uma possível transmissão. 

    “O médico faria uma avaliação clínica e prescreveria a medicação, e o paciente seria acompanhando por telemedicina. Agora, um paciente que tem 92 anos, com coronavírus, se for tomar, tem que tomar dentro de um hospital, óbvio”.