Com pandemia, 1 milhão de mulheres deixaram de fazer exame de mamografia em 2020
A oncologista do Hospital Sírio-Libanês, Marina Sahade, fala sobre os desafios da pandemia para o diagnóstico precoce do câncer
Após a repercussão do diagnóstico do câncer de útero da apresentadora e jornalista Fátima Bernardes, a oncologista do Hospital Sírio-Libanês, Marina Sahade, conversou com a CNN sobre a importância do diagnóstico precoce dos diferentes tipos de câncer e os desafios impostos pela pandemia neste trabalho de detecção.
De acordo com os dados do Ministério da Saúde, em 2020, foram realizadas um milhão a menos de mamografias. A estimativa é que mais de 50 mil pessoas deixaram de ser diagnosticadas neste período.
“As mulheres, em particular a gente já tem uma característica de cuidar sempre dos outros e não cuidar da gente. E na pandemia as mulheres ficaram ainda mais sobrecarregadas, dando conta de tudo: de home-office, home-school e deixaram a saúde de lado”, diz.
Sahade também enfatiza que os fatores de risco se intensificaram ao longo do ano de 2020, já que as pessoas praticaram pouco esporte, ficaram sedentárias, em casa e se alimentaram de dietas menos saudáveis. “Por um lado são mulheres que estão se cuidando menos, fazendo menos exames de rastreamento e com mais fatores de risco. Então este é um cenário bastante preocupante”, explica.
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(publicado por Luiz Raatz)