Tratamento de Covas deve permitir bom funcionamento dos órgãos, explica médico
No quadro Correspondente Médico, neurocirurgião Fernando Gomes falou sobre o estado de saúde do prefeito de São Paulo
Na edição desta quinta-feira (22) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes explicou o tratamento realizado pelo prefeito de São Paulo, Bruno Covas. Médicos do tucano informaram que ele apresentou acúmulo de líquido nos pulmões e no fígado e, por isso, foram colocados drenos nas regiões abdominal e pulmonar. Covas está internado desde a semana passada após exames mostrarem novos pontos de tumores no fígado e nos ossos.
“Sempre que temos uma lesão, o corpo pode reagir de forma diferente. Assim, lugares do corpo onde já existem líquidos naturalmente, como, por exemplo, na cavidade abdominal, podem reagir com produção aumentada e alteração da quantidade de proteínas, de mediadores inflamatórios, aumentando o volume adicional de líquido”, explicou Gomes.
“Quando existe líquido no pulmão, ele não funciona de forma adequada. Para que ele possa continuar fazendo a troca gasosa, é importante que exista um dreno que retire o excesso de líquido e jogue para fora do corpo. A mesma coisa acontece na cavidade abdominal, esse líquido em excesso pode provocar algo que chamamos de ascite e, em excesso, provoca alterações que são indesejdas”, completou o médico.
Fernando Gomes ainda destacou que a colocação de um dreno é invasiva para o corpo humano. “Enquanto é necessário que o dreno esteja lá para permitir que os órgãos funcionem bem, ele permanece. E isso requer cuidado diferencial em termos de saúde e observação.”
