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    Transplante do coração: Lista é única e independente do meio de financiamento, diz Kalil à CNN

    Apresentador do CNN Sinais Vitais também lembrou que o receptor não tem acesso à identidade do doador

    Flávio Ismerimda CNN , São Paulo

    O presidente do InCor e apresentador do Sinais Vitais, Roberto Kalil, afirmou nesta segunda-feira (28), em entrevista à CNN, que a lista de transplantes no Brasil é única, ou seja, reúne em um só lugar todos os que esperam por um órgão, independente do meio de financiamento.

    “A lista funciona é uma lista única, independente se a pessoa vai fazer no particular, no SUS. Quando se coloca o paciente na lista, não se tem identificação, a caracterização do paciente”, explicou o médico.

    A declaração do apresentador vem na esteira das insinuações de que o apresentador Fausto Silva, que passou por um transplante ontem para tratar uma insuficiência cardíaca, teria furado a fila de espera de órgãos.

    Kalil reforçou ainda que o sistema é completamente anônimo. Logo, o receptor também não tem informações sobre a identidade do doador ou de sua família.

    “O receptor não sabe de onde vem, quem é a família de quem recebe o órgão. As priorizações na fila são bem rigorosas e dependem de vários critérios: tipo sanguíneo, o tamanho da pessoa e assim por diante”, relatou.

    Como foi o transplante do Faustão?

    Faustão, de 73 anos, foi operado no início da tarde de domingo (27), no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

    A unidade de saúde informou, em boletim médico, que foi acionada pela Central de Transplantes do Estado de São Paulo na madrugada deste domingo, “quando foi iniciada a avaliação sobre a compatibilidade do órgão, levando em consideração o tipo sanguíneo B”.

    Segundo os médicos responsáveis, a cirurgia foi realizada com sucesso e Faustão permanecerá na UTI, pois “as próximas horas são importantes para acompanhamento da adaptação do órgão e controle de rejeição”.

    O órgão, que era de um homem de 35 anos, veio de Santos, no litoral paulista, de helicóptero. De acordo com a Secretária de Saúde de São Paulo, a partir do momento em que houve a disponibilidade do órgão, o sistema selecionou doze pacientes que atendiam aos requisitos para o transplante.

    Destes, quatro tinham prioridade. Faustão ocupava a segunda posição nesta lista e recebeu o órgão depois de a equipe do paciente que estava em primeiro lugar na lista de prioridade recusar o órgão.

    Veja também: Sistema de transplantes do Brasil é reconhecido internacionalmente, diz cardiologista

    Entrevista produzida por Jorge Fernando Rodrigues

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