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    ‘Tendência de redução da Covid deve ser lenta, mas contínua’, diz infectologista

    São Paulo reabre shoppings e lojas de rua neste domingo (18) com início do período de transição entre as fases vermelha e laranja

    Produzido por Juliana Alves, da CNN em São Paulo

     

    Dando início à fase de transição, shoppings e comércio de rua reabrem neste domingo (18) em São Paulo. O infectologista e membro do Comitê de Contingência do estado, Carlos Fortaleza, afirma que há uma tendência de redução da doença, após a fase vermelha em São Paulo, que parece não ser afetada mesmo com as aberturas.

    “A pergunta que se faz é: com estas aberturas, esta tendência à redução continua? Há projeções dizendo que ela continua, mas talvez de uma maneira mais lenta. Nós temos, sim, a esperança de que daqui duas semanas, daqui um mês, nós tenhamos uma diminuição grande da ocupação”.

    Carlos Fortaleza diz que a transição foi uma saída encontrada pelos epidemiologistas para que o estado não passasse direto da fase vermelha para a laranja.

    “Nós analisamos os dados e vimos o quanto foi importante fazer as fases vermelha e vermelha ampliada. Evidentemente, nós queremos consolidar os ganhos. Em conversa com o governo de São Paulo foi apresentada a necessidade, vista por eles, de discretas flexibilizações. Nós, no comitê, apresentamos aquilo que não poderia de modo algum ser flexibilizado e chegou-se a um consenso que é o de não ir para a fase laranja, mas criar uma fase vermelha um pouco mais liberal.”

    O infectologista destaca as dificuldades de se realizar um isolamento social na capital, que além de ser ligada a outras cidades metropolitanas, enfrenta, também, desafios em regiões de extrema vulnerabilidade social, como Paraisópolis e Brasilândia. No entanto, mesmo que o fechamento não seja total, ele diz que há pesquisas que avaliam efeitos positivos.

    “Há estudos que mostram que mesmo que não tenha caído muito o isolamento em São Paulo por mobilidade de celular, quando a gente vê presença de pessoas em locais aglomerados, como mercados, lojas de varejo, parques e locais de lazer, isso caiu 60%, 70%, ou seja, um impacto importante em oportunidades de transmissão”, diz o médico.

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