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    Temos oportunidade única para voltar a eliminar o sarampo, diz infectologista

    À CNN Rádio, o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, explicou plano de ação para enfrentamento da doença proposto pelo Ministério da Saúde

    A baixa cobertura vacinal causou nova incidência de casos de sarampo, segundo especialista
    A baixa cobertura vacinal causou nova incidência de casos de sarampo, segundo especialista Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Amanda Garciada CNN

    O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações Renato Kfouri avalia que temos “uma oportunidade única para voltar a eliminar o sarampo” no País.

    Em entrevista à CNN Rádio, ele explicou que o período de pandemia de Covid-19, com distanciamento social e uso de máscaras, ajudou neste sentido, de causar novamente uma queda nos casos.

    “São quatro estados ainda com registros. Pará, que está há mais de 3 meses sem casos, São Paulo, com dois meses sem circulação, Rio de Janeiro e Amapá.”

    A eliminação do sarampo, de acordo com ele, aconteceu em 2016, “devido aos altos níveis de cobertura vacinal, quando vinha um caso importado ele não encontrava quantidade de indivíduos suscetíveis para circular.”

    No entanto, isso mudou em 2018, com surto no Norte e Sudeste, com a população não-vacinada. De 2018 até 2021, foram 31 mil casos “em função das baixas coberturas.”

    O Ministério da Saúde lançou um plano de ação para enfrentamento para que o Brasil volte a ter o certificado da Organização Mundial de Saúde de erradicação do sarampo.

     

    Kfouri contou que vários aspectos envolvem esta estratégia do Ministério: “O primeiro é a vacinação, segundo vigilância, com treino para reconhecer casos suspeitos e o terceiro é o laboratório ter rapidez para o resultado, a fim de promover ações de bloqueio que barrem o alastramento do vírus.”

    “O plano envolve pacto entre estados, União, municípios, vigilância sanitária, Plano Nacional de Imunização, todos juntos para o combate”, completou.

    A cada mil casos de sarampo, uma morte é registrada. Segundo Kfouri, é “inadmissível” termos uma vítima sequer pela doença.

    *Com produção de Isabel Campos