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    Sinovac: conheça detalhes da vacina chinesa em parceria com Instituto Butantan

    Segundo o governador paulista João Doria (PSDB), até dezembro, 15 mihões de unidades da vacina estarão disponíveis pelo SUS; entenda como ela irá funcionar

    Karla Chaves e Luana Franzão

    Da CNN, em São Paulo

    Desde o início da pandemia da Covid-19, a busca por uma vacina que crie imunização contra a doença tornou-se o centro das atenções.

    Atualmente, por volta de seis vacinas estão na fase final de testes e três delas realizam testes no Brasil. Muito se fala sobre esse assunto e para ajudar a esclarecer dúvidas sobre, a repórter Karla Chaves conversou com Gustavo Cabral, imunologista formado em Oxford, no Reino Unido, e em Berna, na Suíça.

    Entre tantos termos e técnicas, entenda como funciona a vacina da farmacêutica chinesa Sinovac, também conhecida como Coronavac, que está sendo testada em território brasileiro em parceria com o Instituto Butantan.

    Segundo o governador paulista João Doria (PSDB), até dezembro, 15 mihões de unidades da vacina estarão disponíveis pelo SUS.

    Coronavac usa vírus inativado

    O procedimento utilizado pela Coronavac consiste em injetar vírus inativados por agentes químicos ou físicos no organismo, fazendo com que o sistema imunológico identifique o invasor e produza defesas contra ele. Assim, quando o corpo entrar em contato com o vírus ativo, não será infectado.

    A estratégia de trabalhar com o vírus inativado, ou seja, morto, já foi utilizada para várias outras vacinas, então já sabemos os prós e os contras”, afirma Cabral.

    Atualmente, vacinas como a da gripe, ministradas anualmente, usam esse método.

    Desvantagens

    Gustavo Cabral explica que, apesar de ser um método comum, administrar vacinas com vírus inativados também possui desvantagens.

    “O problema em usar o vírus inteiro [e não partes dele, como em outras estratégias] é que precisamos entender se ele tem associação com outros coronavírus, como o SARS-CoV-1 e o MERS. Países que têm outros coronavírus precisam saber disso”, afirmou.

    Para explicar por que essa associação pode ser perigosa, ele usou o exemplo do vírus da dengue: “Quando contraímos o vírus do sorotipo 1, nos protegemos dele. Mas se somos infectados pelo sorotipo 2, ao invés de estar protegido, isso pode levar a doença a se tornar mais grave, como, por exemplo, a dengue hemorrágica. Então essa ligação ao invés de proteger pode induzir a uma piora de outra doença”.

    Segundo o cientista, entretanto, essa é uma questão pouco preocupante no Brasil. No país não há presença de outros tipos de coronavírus em quantidades que sejam alarmantes, mas é preciso pensar em todos os fatores, já que se trata de um vírus que se alastrou por todo o mundo.

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    Quem é a Sinovac?

    A Sinovac Biotech é uma empresa farmacêutica chinesa, sediada em Pequim e criada em 1999. Ela se especializa no desenvolvimento e comercialização de vacina contra doenças infecciosas. 

    Algumas das vacinas que são produzidas pela empresa são a Healive, que combate a hepatite A, e a Anflu, que combate a gripe.