Setembro Amarelo: Brasil precisa de políticas públicas para saúde mental, diz especialista
À CNN Rádio, Antônio Geraldo, que é o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, afirmou que ainda há um estigma muito forte que cerca as doenças psiquiátricas
Desde 2014, a campanha Setembro Amarelo busca conscientizar a população sobre a saúde mental, com ações de prevenção ao suicídio.
À CNN Rádio, o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria Antônio Geraldo reforçou a importância de se falar sobre o tema.
“O estigma é muito forte, não só sobre o suicídio, mas sobre as doenças psiquiátricas em geral”, disse.
Segundo o especialista, a campanha ensina que há saída, que “os casos de sucesso são muito maiores”, mas lamentou que “não temos políticas públicas de saúde mental no Brasil.”
“Qual o local que eu vou que vão me atender em 24 horas? Que vou marcar e conseguir consulta imediatamente?”, questionou.
Dessa forma, ele vê um passo importante de ensinar as pessoas que elas devem buscar ajuda, mas que ainda falta “termos acesso ao tratamento adequado.”
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“O que tem que ter para atender essa população é sistema ambulatorial, para que possam ir ao médico e obter tratamento”, completou.
Antônio Geraldo lembrou ainda que o País também não tem nenhum medicamento para tratar depressão na farmácia popular.
Para ele, a solução para os transtornos psiquiátricos passa justamente por esse acesso ao tratamento.
*Com produção de Isabel Campos