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    ‘Ser vacinado não é carta de alforria’, diz médica que sugere rigidez após doses

    Médica e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Margareth Dalcomo falou à CNN sobre medidas contra a pandemia

    Anna Gabriela Costa, da CNN, em São Paulo

    Em entrevista à CNN, neste sábado (19), a médica e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Margareth Dalcomo defendeu que as medidas preventivas de cuidado à Covid-19 devem permanecer, mesmo após a aplicação das duas doses contra a doença. “Ser vacinado não é uma carta de alforria”, alertou a pesquisadora. 

    A médica defendeu que, apesar de todos os imunizantes aplicados no Brasil terem sido muito bem testados, nenhum garante eficácia de 100%; com isso, as medidas de segurança devem continuar.

    “A vacinação sozinha não é milagre, é preciso que as pessoas entendam isso. Ser vacinado não é uma carta de alforria, de liberdade para que as pessoas voltem ao ano de 2019. Nenhuma vacina tem proteção 100%, não adianta ser só vacinado. Nem mesmo ter tomado duas doses nos libera dos cuidados”, disse.

    Margareth Dalcomo acrescentou que mesmo os que já contraíram a doença não têm a imunidade garantida. 

    “Mesmo quem já passou pela doença, se curou, sabendo que a imunidade conferida pela doença é muito curta. Quem teve há um ano atrás não tem mais imunidade nenhuma, o que confere a imunidade é ser vacinado. Mas ser vacinado com as duas doses não adianta, temos que nos proteger, manter máscaras de boa qualidade, não fazer festas; sei que estamos todos cansados, querem fazer festa, mas infelizmente não dá para fazer”.

    A pesquisadora reiterou que pessoas jovens precisam ser vacinadas, e que o Brasil só terá certo “conforto” em relação à pandemia quando imunizar pelo menos 70% da população. 

    “Precisamos vacinar 70% da população para ter certo conforto. Precisamos vacinar as pessoas jovens, aqueles que são responsáveis pela grande mobilidade social, que se expõem mais, pegam transporte público e que levam a doença para casa. Precisamos ter muita vacina, muito rápido, além disso, toda medida de restrição ser mantida com todo rigor”, afirmou Margareth.