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    Sensação de calor intenso registrado no Brasil pode causar complicações físicas

    No Rio de Janeiro, temperaturas se aproximaram de 40ºC na terça-feira; calor pode levar à desidratação, doenças de pele e problemas na circulação sanguínea

    Fabrizio Neitzkeda CNN , Em São Paulo

    Na edição desta quarta-feira (19) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes conversou sobre os riscos do calor intenso para a saúde. Com a chegada do verão, a cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, registrou na terça-feira (18) sensação térmica de quase 50ºC, sem previsão de baixa nos próximos dias.

    Segundo especialistas, a onda de calor no país vinda da região Sul deve durar mais algumas semanas, após um início de ano atípico para a estação. Em entrevista à CNN, o médico dermatologista Daniel Dziabas falou sobre cuidados básicos para a pele, especialmente em uma época de tanta exposição ao sol. “Sabemos que nos dias muitos quentes suamos mais, transpiramos mais e, portanto, perdemos muita água. Para evitar o processo de desidratação e insolação, é fundamental hidratar o corpo.”

    “É fundamental nestes dias se proteger contra a exposição solar… utilizar o filtro solar de, no mínimo, fator 30 para as pessoas que se bronzeiam e fator 50 para as pessoas que não se bronzeiam ou de pele mais clara”, concluiu.

    O cirurgião vascular Caio Focássio também se manifestou sobre o tema, alertando para os riscos na circulação. “O verão é a estação do ano em que as veias superficiais, que levam o sangue de volta ao coração, ficam mais dilatadas, ocorrendo a vasodilatação. Isso também ocorre em indivíduos com varizes. No verão, precisamos ficar atento para que isso não piore, devemos manter a atividade física regular em locais abertos, principalmente a atividade aeróbica, e estar sempre hidratado”, disse.

    Para Fernando Gomes, apesar do verão ser uma estação propícia para a prática de atividades ao ar livre, é preciso “ajudar o próprio corpo no processo de adaptação”. Além da hidratação, que evita queda de pressão, mal estar e formação de trombos, e da proteção solar a cada três horas, o neurocirurgião recordou que a alimentação leve e equilibrada e a diminuição de exposição ao sol entre 10h e 16h como cuidados necessários para esta época.

    “Seu corpo físico está tendo que lidar com a situação de calor extremo, então existe uma vasodilatação – quando os vasos da periferia dilatam para você perder calor”, explicou.

    “Se, junto com isso, você começa a se alimentar de uma forma muito pesada, o fluxo sanguíneo é desviado para a região do abdômen, e esse conflito pode fazer com que a pressão caia e você sinta mal-estar”, explicou.

    Gomes também abordou uma “confusão” que troca a sensação de fome por sede e vice-versa. Segundo o médico, a estrutura cerebral conhecida como hipotálamo, que controla as funções endócrinas do corpo e define o apetite, pode ser enganado a ingerir algum alimento ao sentir a necessidade de água.

    “Independente do alimento, mesmo que ele seja mais seco, existe uma quantidade de água em tudo.”

    “A grande dica é: sentiu fome, principalmente nestes dias… sempre pense: será que, na verdade, eu não estou sentido sede? Tome um copo de água, espere um pouco e verifique se, de fato, é fome ou sede que você estava sentindo”, finalizou.

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