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    Sem citar Bolsonaro, presidente da Anvisa reforça que vacinas não transmitem doenças

    Antonio Barra Torres afirmou, na abertura da 21ª Reunião Ordinária Pública da Diretoria Colegiada, que as vacinas aprovadas pela Anvisa são seguras e eficazes

    Natália Andréda CNN , em Brasília

    O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, reforçou que as vacinas contra a Covid-19, aprovadas pela agência reguladora, são seguras, eficazes e possuem alta qualidade, e não transmitem outras doenças. Os imunizantes têm diversos objetivos e nenhum deles é aumentar a propensão das pessoas terem outras doenças.

    As declarações foram feitas na abertura da 21ª Reunião Ordinária Pública da Diretoria Colegiada, encontro comum dos diretores para debate de assuntos da agenda da agência.

    “As vacinas que estão em uso no Brasil, analisadas e aprovadas pela Anvisa, são vacinas que têm objetivos. O melhor, o ideal deles, é prevenir que a Covid-19 se instale naquela pessoa. Além disso, caso, mesmo vacinada, essa pessoa tenha a doença, que esses sintomas sejam os mais brandos. Além disso, que a transmissibilidade seja a menor possível. São esses os objetivos”, explicou Barra Torres.

    “E nenhuma delas está relacionada à geração de outras doenças e ao aumento da propensão de ter outras doenças. Infectocontagiosas, por exemplo. Então, vamos manter a tradição do nosso povo brasileiro de aderir o Programa Nacional de Imunizações, que é motivo de orgulho nacional e internacional. Nós, da Anvisa, somos sempre reverenciados por essa tradição”, seguiu o diretor-presidente.

    Barra Torres não citou o presidente Jair Bolsonaro que, na semana passada, reproduziu trechos de uma notícia falsa que afirmava, erroneamente, que pessoas vacinadas contra a Covid-19 estariam desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida, nome técnico da Aids.

    A Aids é uma doença causada pela infecção pelo HIV (vírus da imunodeficiência humana), que ataca o sistema imunológico, responsável pela defesa do organismo. Nem todas as pessoas infectadas com o HIV desenvolvem a Aids, devido ao tratamento antirretroviral que reduz a carga viral no organismo e impede o desenvolvimento da doença.

    A CNN entrou em contato com o Ministério da Saúde para saber o posicionamento da pasta em relação ao assunto. O secretário executivo do ministério, Rodrigo Cruz, respondeu que a melhoria dos índices da pandemia no país pode ser atribuída ao avanço na campanha de imunização.

    “Bom, acho que esse discurso, da segurança da vacina, o Ministério da Saúde sempre tem feito. A gente verifica que a pandemia tem melhorado e, na nossa avaliação, essa melhora se deve muito à vacinação. Então, conforme a vacinação se acelera, e não só com uma dose, mas com as duas, a gente vê a diminuição no número de mortes e de casos. Então, esse é o nosso discurso. Acho que a principal arma pra enfrentar a pandemia é a vacina”, afirmou Cruz.

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