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    Secretários de SP: Problema de logística dificulta fornecimento de oxigênio

    Geraldo Sobrinho, que também é secretário de Saúde de SBC, disse que outra dificuldade é que 'cada um está falando uma língua diferente'

    Produzido por Thiago Felix, da CNN, em São Paulo

    Secretário de Saúde de São Bernardo do Campo (SBC), na Grande São Paulo, Geraldo Sobrinho avalia que a falta de coordenação nacional e problemas em logística aumentam as dificuldades do estado conseguir oxigênio para os pacientes da Covid-19. Em entrevista à CNN nesta terça-feira (23), Sobrinho, que é presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde de São Paulo, criticou a ação dos governantes na pandemia.

    “Se tivéssemos tido coordenação nacional desde o início, já tínhamos resolvido a pandemia. Infelizmente é cada um correndo para um lado e assim sabemos o que acontece: não tem resultado”, afirmou. “Temos que ter uma coordenação nacional razóavel e, principalmente, que funcione, e não cada um falando uma língua diferente”, completou.

    Em São Paulo, Sobrinho relatou que foi feita uma avaliação com os municípios para conferir a falta ou necessidade de oxigênio (O2) e medicamentos, incluindo os que fazem parte do chamado kit intubação. Ele explicou que há um mês foi constado que 54 municípios estavam em situação crítica de O2, mas a maior dificuldade não é a falta do insumo em si, mas o fornecimento dele ao interior do estado.

    “Esses cilindros são trocados conforme são usados. Você usa e a empresa traz os cheios para levar os vazios. Devido ao recrudescimento da pandemia, essas trocas têm que ser mais frequentes”, detalhou. “O problema maior hoje é de logística. São Paulo não tem problema de produção de oxigênio, mas de logística, que está sendo resolvido.”

    Cilindros de oxigênio
    Cilindros de oxigênio são usados por pacientes graves da Covid-19, mas precisam ser trocados pelos fornecedores frequentemente
    Foto: Sandro Pereira/Fotoarena/Estadão Conteúdo (16/01/2021)

    Na segunda-feira (22), a fabricante de bebidas Ambev anunciou que está convertendo parte de uma de suas cervejarias, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, para a fabricação e envasamento de oxigênio hospitalar. Os cilindros serão doados para hospitais e unidades de saúde do estado.