Secretários de Saúde recomendam que autoridades mantenham obrigatoriedade de máscaras
Mais de 98% das cidades que responderam à consulta decidiram manter proteção, afirma CNM
O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) pediu nesta sexta-feira (8) que os gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) mantenham a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção facial para prevenção à Covid-19.
O presidente do órgão, Carlos Lula, que assina o documento que faz a solicitação, afirmou que o uso da proteção facial é uma estratégia indispensável para o sucesso de nossos esforços contra a pandemia.
“É preciso que estejamos atentos às experiências frustrantes de alguns países que, acreditando ter superado os riscos, suspenderam a obrigatoriedade do uso de máscaras, afrouxaram as medidas de prevenção e, por isso mesmo, tiveram recrudescimento importante do número de casos e de óbitos, obrigando-os a retroceder”, diz a nota.
Na última quinta-feira (7), a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgou que cerca de 98% das cidades brasileiras, dentre as duas mil ouvidas, decidiram manter, por hora, a obrigatoriedade do uso de máscaras. Mais de 60% pretendem prosseguir com a regra mesmo com toda a população vacinada contra a Covid-19.
De acordo com o levantamento, apenas 1% das cidades brasileiras pretendem desobrigar, de imediato, o uso de máscaras em locais abertos e fechados. É o exemplo da cidade de Duque de Caxias, localizada na Baixada Fluminense, que publicou um decreto, na terça-feira (5), desobrigando o uso da proteção facial no município. O Ministério Público e a Defensoria Pública fluminenses entraram com um pedido para suspender a medida da prefeitura.
A capital do estado prevê a liberação do uso de máscaras a partir de 15 de outubro em locais abertos e sem aglomeração – desde que 65% da população adulta esteja totalmente imunizada. Entretanto, na última segunda-feira (4), o governo do estado prorrogou um decreto do dia 14 de julho, que recomendava o uso de máscara facial em todo o território fluminense. A medida segue em vigor até o próximo dia 15.
Nesta sexta-feira (8), a possível flexibilização nos 92 municípios será um dos temas discutidos na reunião do Grupo de Especialistas em Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde.