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    Secretário do AM nega pressão do Ministério da Saúde por uso de cloroquina

    Em apenas 10 dias de janeiro, Manaus registrou 379 enterros por Covid-19 nos cemitérios públicos e privados da cidade

    da CNN, em São Paulo*

    O secretário estadual da Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, negou, em entrevista à CNN nesta terça-feira (12), que a Prefeitura de Manaus está sendo pressionada pelo Ministério da Saúde a distribuir à população a cloroquina contra o novo coronavírus – medicamento que não tem eficácia comprovada contra a doença. A informação foi dada hoje pelo jornal Folha de S. Paulo.

    “O ministro Eduardo Pazuello está com a equipe em Manaus, a equipe dele continua em Manaus, nos apoiando fortemente. O governo federal é parceiro do governo do Amazonas independentemente das questões políticas”, disse Campêlo. “Nós trabalhamos na área técnica, e estamos recebendo muito apoio do governo federal, com equipamentos medicamentos.”

    E continuou: “Nós estamos percebendo, nas reuniões que temos com a equipe de Saúde, que não há pressão alguma em relação à utilização de protocolos de tratamento precoce.”

    Segundo Campêlo, Pazuello já deixou claro que “o médico é o detentor e autoridade de prescrição e que a medicação vai estar disponível na rede de saúde”.

    Capital amazonense

    Em apenas 10 dias de janeiro, Manaus registrou 379 enterros por Covid-19 nos cemitérios públicos e privados da cidade. O número supera o recorde mensal registrado em todo o mês de maio de 2020, quando a capital do Amazonas teve 348 sepultamentos de vítimas da doença.

    A contagem de vítimas da Covid-19 em Manaus não inclui as mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave. Esta é uma das reações causadas pelo novo coronavírus e possível indicador de subnotificação, já que a doença entra na conta geral. 

    Ao todo, a prefeitura registrou 972 enterros neste início de ano – 39% foram de pessoas que morreram em decorrência do novo coronavírus. Em números absolutos, os sepultamentos dos 10 primeiros dias de janeiro de 2021 já superaram os totais dos seguintes meses de 2020: janeiro (905), fevereiro (792), março (888), junho (912), julho (867), agosto (828), setembro (868), outubro (950) e novembro (852).

    Em nota à CNN, a prefeitura de Manaus informou que, “desde o primeiro dia da gestão, o novo prefeito, David Almeida (Avante), está adotando todas as medidas necessárias para que não se repita o ocorrido na gestão anterior, quando corpos foram enterrados em valas coletivas”.

    Covid-19 no Brasil

    O Ministério da Saúde registrou nesta terça-feira (12) mais 64.025 casos e 1.110 mortes por Covid-19. Com a atualização, o Brasil já confirmou 8.195.637 diagnósticos e 204.690 vítimas da doença causada pelo novo coronavírus.

    Um novo levantamento do Imperial College de Londres divulgado mais cedo mostrou que a taxa de transmissão do vírus subiu para 1,21 – maior número em quase dois meses. 

    O índice quer dizer que cada 100 contaminados transmitem o vírus para outros 121. Quando é menor que 1, a taxa indica transmissão mais lenta da doença. 

    O governo paulista anunciou que a eficácia global da Coronavac é de 50,38%, pouco acima do mínimo para receber a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). 

    A agência irá se reunir no domingo (17) para decidir sobre o uso emergencial das vacinas do Butantan e da Fiocruz. 

    *Com informações de Anna Satie e Giovanna Bronze, da CNN, em São Paulo

    (Publicado por Daniel Fernandes)