Saúde afirma que vai destinar R$ 100 milhões para reconstrução de mamas de pacientes com câncer
Cirurgia reparadora poderá ser feita logo após a mastectomia se não houver riscos à saúde
A reconstrução de mamas para mulheres afetadas pelo câncer poderá ser feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) logo após a cirurgia de retirada do órgão, chamada mastectomia, caso não haja indicação contrária por parte da equipe médica.
As afirmações são do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que falou à imprensa nesta sexta-feira (21). Na quarta-feira (19), o ministério anunciou que vai destinar mais de R$ 100 milhões em recursos para cirurgias de reconstrução mamária pelo SUS.
Em ações pelo mês de conscientização sobre o câncer de mama, o Outubro Rosa, Queiroga visitou uma agência da Caixa Econômica Federal na Avenida Paulista, em São Paulo, junto com a presidente do banco, Daniella Marques.
Informações sobre prevenção contra o câncer de mama vão ser oferecidas às clientes em mais de 4.200 agências pelo país. Durante a campanha Outubro Rosa, o conteúdo, produzido pelo Ministério da Saúde, também ficará disponível pelo aplicativo Caixa Tem, que atualmente tem 112 milhões de usuários.
Daniella Marques celebrou a parceria e colocou à disposição da pasta toda a estrutura do banco. Dos 149 milhões de clientes, mais de 70 milhões são mulheres.
“Estamos acolhendo a cartilha do Ministério da Saúde de prevenção nos espaços ‘Caixa para elas’. No aplicativo ‘Caixa Tem’ tem a cartilha. A gente está fazendo um grande estímulo mas vai ser um acolhimento permanente”, disse Daniella, que explicou que o aplicativo também poderá fazer lembretes sobre a data da mamografia.
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que mais de 66 mil mulheres devem ser diagnosticadas com câncer de mama em 2022 no país, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres. Segundo o Inca, o de mama corresponde a cerca de 28% dos novos casos da doença em mulheres, sendo a principal causa de mortes de mulheres no Brasil.
No entanto, um em cada três casos pode ser curado se o tumor for descoberto em fase inicial. Por isso, especialistas enfatizam a importância do diagnóstico precoce. O Ministério da Saúde recomenda a realização da mamografia como método de rastreamento para o câncer de mama, ou seja, exame de rotina, para mulheres sem sinais e sintomas na faixa etária de 50 a 69 anos, a cada dois anos.
De acordo com Queiroga, esse ano, foram alocados R$ 2,6 bilhões para o enfrentamento à doença. “Mesmo com todo o investimento, a eficiência na atenção básica é fundamental, porque prevenir o câncer de mama é diferente de diagnosticar precocemente. Realizar atividades físicas, amamentar, controlar o peso corporal e não consumir bebidas alcoólicas são medidas básicas de prevenção”, explicou o ministro.