Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Saúde deve orientar população para evitar disseminação da varíola dos macacos, diz diretor da SBIm

    Para Renato Kfouri, sem vacinas e medicamentos, informação e diagnóstico cedo são ferramentas para conter a doença

    Daniel ReisIsabella Galvão*da CNN

    Diante da falta de vacinas e medicamentos, o infectologista e diretor da Sociedade Brasileira Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, afirma ser necessário que o ministério da Saúde facilite o acesso rápido ao diagnóstico e oriente a população sobre a disseminação da varíola dos macacos a fim de conter, no curto prazo, a doença.

    “Esclarecimento nesse momento e diagnóstico rápido para esses quadros, hoje, são as ferramentas que nós vamos dispor, no curto prazo, para conter essa doença”, diz o infectologista.

    Segundo ele, o ministério da Saúde precisa promover alertas e orientações aos estados e municípios para que os diagnósticos da doença sejam feitos precocemente. “Precisa testar, confirmar os casos. Os testes precisam ser disponibilizados com muita rapidez”.

    Kfouri orienta que na maioria das vezes as lesões não tomam todo corpo, então é necessário observar os sintomas.

    “Quase 70% dos indivíduos acometidos pela varíola dos macacos têm menos de dez lesões. Lesõs que parecem uma ferida, uma vesícula, uma afta, ali na pele, no tronco, e muitas vezes na região genital e anal. esses são os sintomas que a gente precisa alertar a população”, conta o diretor da SBIm.

    O infectologista chama atenção para, atualmente, o componente de transmissão sexual da doença. Segundo ele, homens que se relacionam sexualmente com outros homens devem ser orientados sobre a identificação dos casos para evitar esse tipo de contágio e se preservar. O infectologista afirma que não há razão para estigmatizar esse público.

    “Não há como e nem porque estigmatizar essas pessoas como a fonte de transmissão porque a doença vai acabar ganhando uma proporção maior, não só naqueles que fazem sexo com outros homens mas em todas as condições outras”, diz Kfouri.

    Apesar da vacina já existir, ele explica que há uma disputa mundial pela pouca quantidade de doses, diante do aumento da demanda.

    O diretor da SBIm acredita que a cooperação entre os países pode acelerar a produção de vacinas e medicamentos, e entende que o mundo deve colocar em prática os aprendizados do combate ao Coronavírus.

    “Que seja um legado importante para aproveitarmos toda essa experiência da Covid-19 e transforme toda essa realidade que a gente teve no enfrentamento da covid no enfrentamento das futuras epidemias”, diz Kfouri.

    *Sob supervisão de Layane Serrano

    Tópicos