São Paulo confirma terceiro caso de varíola dos macacos
Paciente é um homem, de 31 anos, que está internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas e apresenta bom estado de saúde
A cidade de São Paulo confirmou, na noite de terça-feira (14), o terceiro caso de varíola dos macacos. O paciente é um homem, de 31 anos, que está internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas e apresenta bom estado de saúde.
Segundo as autoridades sanitárias, o caso é considerado importado por apresentar histórico de viagem para países da Europa. A análise foi realizada pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo.
As equipes de vigilância epidemiológica do município, em parceria com o estado, monitoram o caso e seus respectivos contatos.
Rio de Janeiro confirma primeiro caso
O Rio de Janeiro confirmou, nesta quarta-feira (15), o primeiro caso da varíola dos macacos na capital fluminense.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o paciente é um homem, de 38 anos, que mora em Londres e chegou ao Brasil no dia 11 de junho. Ele procurou atendimento médico no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) no dia 12.
Casos confirmados no Brasil
Com os dois registros recentes nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, o país tem um total de cinco casos confirmados de varíola dos macacos, com outros dois casos em São Paulo e um no Rio Grande do Sul.
Em nota, o Ministério da Saúde confirmou que foi notificado sobre os dois novos casos na terça-feira.
“As medidas de controle foram adotadas de forma imediata, como isolamento e rastreamento de contatos em voo internacional com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O Ministério da Saúde, por meio da Sala de Situação e do CIEVS Nacional, segue em articulação direta com os estados para monitoramento dos casos e rastreamento dos contatos”, diz a nota.
Emergência
O número de casos de varíola dos macacos confirmados passam de 1.600 em todo o mundo, incluindo dados dos sete países endêmicos para a doença e dos 32 recém-afetados pelo surto da doença. As informações foram divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça-feira.
Segundo a OMS, quase 1.500 casos suspeitos estão em investigação. Até o momento, 72 mortes foram registradas em países da África. De acordo com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, nenhum óbito foi confirmado nos países considerados não endêmicos até o momento.
Diante deste cenário epidemiológico, a OMS vai convocar o Comitê de Emergência sob o Regulamento Sanitário Internacional na próxima semana, para avaliar se esse surto representa uma emergência de saúde pública de interesse internacional.
A OMS recomendou a vacinação contra a varíola para grupos prioritários, incluindo profissionais de saúde em risco, equipes de laboratório que atuam com ortopoxvírus, especialistas em análises clínicas que realizam diagnóstico para a doença e outros que possam estar em risco de acordo com autoridades nacionais de saúde pública.
As primeiras recomendações da OMS sobre o tema foram publicadas em um guia provisório a partir da consultoria do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos (SAGE, na sigla em inglês). No documento, a OMS enfatiza que a vacinação em massa não é necessária nem recomendada para varíola no momento.
(Com informações de Rudá Moreira, da CNN)