Saiba como a empatia é despertada no cérebro humano
No quadro Correspondente Médico, neurocirurgião Fernando Gomes explicou como o sentimento de empatia une partes cognitiva e afetiva
Na edição desta terça-feira (10) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes explicou o que é empatia e como ela se manifesta no cérebro.
O assunto veio à tona com o caso do atleta Darlan Romani, que ficou em quarto lugar no arremesso de peso das Olimpíadas de Tóquio. Imagens do treino de Darlan em um terreno baldio viralizaram nas redes sociais e, por isso, internautas se mobilizaram para ajudá-lo na preparação para os Jogos de Paris 2024.
Uma vaquinha virtual foi criada e a iniciativa levantou mais de R$ 200 mil para a preparação do atleta, que devem ser usados como um fundo de reserva caso ele não consiga arcar com as despesas de treinamento.
Fernando Gomes explicou que o sentimento de empatia começa a se manifestar por volta dos 7 anos de idade. “É quando a criança começa a entender como as outras pessoas funcionam e tem o interesse no que o outro pode estar pensando ou não”, apontou.
“Temos algo que chama neurônios em espelho. Quando olho alguém fazer um movimento, por exemplo, neurônios que poderiam ser responsáveis por esse movimento também despertam em mim. E a mesma coisa se relaciona com a percepção das emoções e sensações, isso faz com que a gente comece a entender o que é empatia”, completou o médico.
Gomes ainda falou sobre a parte física do cérebro que é ativada com o sentimento de empatia. “Ocorre na parte mais anterior do cérebro, os lóbulos frontais e, principalmente, no córtex pré-frontal, que é onde temos a nossa cognição.”
“A forma afetiva e a cognitiva trabalham de forma integrada para nos dar a sensação da empatia, então o indivíduo consegue se colocar na situação do outro, ou, pelo menos, imaginar como seria a vivência se fosse com ele.”
(*Com informações de Raphael Florêncio, da CNN, em São Paulo)
