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    CNN Sinais Vitais

    Roberto Kalil fala sobre como a hipertensão é uma doença silenciosa no CNN Sinais Vitais

    Episódio do programa sobre "pressão alta" vai ao ar neste sábado (2)

    Da CNN

    A hipertensão, popularmente conhecida como “pressão alta”, é uma doença crônica definida pelos números elevados da pressão arterial – a pressão que existe dentro das artérias para facilitar o fluxo de sangue, fundamental para o batimento do coração.

    A hipertensão ocorre quando “essa pressão, dentro das artérias, é muito alta, sobrecarregando o coração na hora do batimento, criando uma resistência que acarreta doenças”, explica o médico Luiz Bortolotto, diretor da Unidade Clínica de Hipertensão do InCor.

    Bortolotto também usa uma metáfora para demonstrar a importância de se manter uma pressão regulada: “Se a gente tem uma mangueira ligada a uma torneira, quando a gente abre a torneira, se a mangueira for de borracha e essa borracha estiver bem elástica, a água vai fluir, nós vamos irrigar o nosso jardim de uma maneira muito fácil. Se eu tiver uma mangueira com uma resistência maior, na hora de eu abrir a torneira, eu não vou irrigar o jardim e nós não vamos ter flores. Então para ter flores, eu preciso ter um controle do fluxo, então, da pressão arterial”.

    Uma pessoa é considerada hipertensa quando ela tem medidas de pressão com valores iguais ou acima de 140 x 90 mmHg (milímetros de mercúrio) ou “14 por 9”. A hipertensão, sua prevenção e suas várias causas são o tema do CNN Sinais Vitais, com Dr. Roberto Kalil, deste sábado (2).

    O episódio “Hipertensão: O mal silencioso” tem esse título para evidenciar uma das mais perigosas características da doença: ela é pouco sintomática.

    De 20 a 30% da população mundial têm hipertensão e, muitas vezes, nem sabe que está com a doença. Os sintomas somente se tornam claros quando o indivíduo já tem o acometimento de órgãos importantes como cérebro, rins e coração.

    Aferir a pressão ao menos uma vez por ano foi uma das mais importantes recomendações dos médicos entrevistados no programa, que vão dar “uma aula” sobre a maneira correta de usar o aparelho.

    O Dr. Kalil reforça a relação direta entre hipertensão e doenças do coração: “A hipertensão é um mal silencioso porque tem pouco sintoma. Sabemos que ela aumenta a incidência de infarto e acidente vascular cerebral, dentre outras agressões às artérias no corpo, e sabemos também que, no mundo inteiro, a aderência ao tratamento é ruim”.

    O CNN Sinais Vitais vai explicar que, além do forte componente genético, a hipertensão sofre influência social e até demográfica. O estilo de vida é fundamental porque o tipo e a qualidade dos alimentos ingeridos são determinantes.

    “As famílias de baixa renda nem sempre têm acesso a alimentos saudáveis, a frutas, verduras, e acabam comendo alimentos com alto teor de sal, acabam não tendo uma condição de poder fazer uma atividade física, sofrem com o estresse do dia a dia, da falta de emprego, do estresse do trabalho, então isso acaba gerando um aumento da incidência da hipertensão”, justifica a Dra. Juliana Gil de Moraes, cardiologista da Unidade Coronariana do Hospital Sírio-Libanês.

    Dra. Juliana ainda chama a atenção para outra grave constatação: “A incidência em adolescentes vem aumentando claramente. É multifatorial, mas 17% da Hipertensão nos adolescentes é decorrente da obesidade. O que a gente tem hoje são dietas ricas em sal, então o acesso a alimentos industrializados que tem um teor de sal muito alto, a questão da obesidade, o sedentarismo que acabou deixando as crianças muito presas, adolescentes muito presos, além do acesso a jogos e da internet que geraram um estresse muito grande. Esse aumento do estresse é um fator que contribui para o aumento da incidência, tirando também a questão do componente genético.”

    Veja também: Hipertensão como saber se tenho pressão alta

    A relação da apneia do sono com a hipertensão também vai ser mostrada. A apneia do sono é uma condição em que as pessoas, ao dormir, têm estreitamento na passagem de ar na garganta, provocando roncos e pausas na respiração. A consequência é uma queda da oxigenação do corpo. É uma doença muito comum na população e isso pode ocorrer centenas de vezes à noite”.

    A surpreendente história de vida da professora aposentada Patrícia Moreira está diretamente ligada à hipertensão. Patrícia chegava a apresentar, com frequência, uma pressão de 29 por 20.

    Moradora do Rio de Janeiro, seu médico afirmou que ela deveria ser pesquisada e a indicou para tratamento no InCor. Em São Paulo, ela foi tratada pelo Dr. Bortolotto. A pressão da professora estava sem controle. Ela tomava mais de nove tipos de remédio, e passou por várias internações em UTI devido à pressão.

    Dr. Bortolotto concluiu que o melhor, para ela, seria um procedimento de “denervação renal”, um tratamento intervencionista, que diminui a ação dos nervos nos rins. Esse excesso de ação poderia provocar o aumento da pressão, porque aumentava a retenção de líquido, aumentava a retenção de sal, e com isso a pressão tenderia a subir. A “denervação renal” é indicada para pacientes classificados como “refratários”, que têm uma hipertensão difícil de controlar, e, por mais remédios que tomem, não conseguem trazer a pressão para um nível normal.

    O CNN Sinais Vitais revela qual foi o resultado da intervenção e como Patrícia está hoje. Uma declaração da professora marcou o episódio.

    Patrícia conta que, logo na primeira consulta, o médico do InCor perguntou: “Patrícia, o que te trouxe de tão longe?”. Ela colocou uma enorme pilha de exames na mesa do médico e disse: “Dr. Bortolotto, eu vim aqui para não morrer”.

    O CNN Sinais Vitais, com Dr. Roberto Kalil, vai ao ar no sábado (2), às 18h30, na CNN Brasil.

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