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    RJ: prefeitura investiga casos de revacinação com escolha de marca de imunizante

    Secretaria municipal de Saúde identificou pelo menos 15 casos de pessoas que tomaram um imunizante e voltaram, na repescagem, para tomar vacina de outra marca

    O prefeito do Rio Eduardo Paes (DEM) anuncia a criação do Auxílio Carioca para o período de dez dias de restrição
    O prefeito do Rio Eduardo Paes (DEM) anuncia a criação do Auxílio Carioca para o período de dez dias de restrição Foto: DIKRAN JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

    Ana Lícia Soares, Isabelle Saleme e Pauline Almeida, da CNN, no Rio de Janeiro

    O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, fez duras críticas às pessoas que tentam escolher o imunizante nos postos. Há relatos de que os locais de vacinação que oferecem as vacinas da Pfizer ficam mais cheios do que os demais.

    “A gente tá inaugurando uma atividade nova no Brasil, o sommelier de vacina, significa que a pessoa tá querendo escolher que vacina vai tomar. Todas as vacinas funcionam bem. A melhor vacina é a que vai no nosso braço”, lembrou o prefeito.

    A secretaria municipal de Saúde identificou pelo menos 15 casos de pessoas que tomaram um imunizante e voltaram tempos depois, na repescagem, para tomar uma dose de vacina de outro fabricante.

    “A gente já tem aproximadamente 15 pessoas que a gente já sabe que tomaram essa vacina. Acho que são 16 pessoas que tomaram uma outra vacina, simulando como dose um e esses dados vão ser encaminhados para o Ministério Público”, afirmou o secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz.

    O prefeito chegou a fazer uma publicação sobre o assunto nas redes sociais. “Anotem: registramos todos os dados daqueles que tomam vacinas.  Sabemos em que local foram vacinados e quando foi a primeira e a segunda dose. Qualquer tentativa de burlar os critérios de vacinação podem ser facilmente apuradas e as consequências serão muito graves para aqueles que o fizerem”, postou.

    Durante a entrevista, Paes disse que os casos estão sob investigação. “Nós temos um registro de todo mundo que vacina, a gente anota CPF, identidade. Esses dados são e serão cruzados pra gente identificar esse tipo de coisa. Porque isso é criminoso, é fraude, é desrespeito à vida, enfim, é o que a gente puder imaginar de pior”, disse o prefeito.

    Na zona sul da cidade houve casos de que moradores alegaram que a preferência pelo imunizante da Pfizer era por causa das viagens ao exterior, já que alguns países exigem um comprovante de que a imunização foi com vacina da marca.

    “As pessoas podem ter o motivo que elas podem ter. Elas vão se vacinar com a vacina que tiver disponível no dia delas. E ponto. Não quero saber se vão para Miami ou não”, disse Paes.

    Lactantes incluídas no calendário de vacinação

    A partir da próxima segunda-feira (28), as lactantes começam a ser vacinadas na capital fluminense. Para receber o imunizante, no entanto, elas precisam apresentar indicação do profissional de saúde que realiza o acompanhamento da criança.

    Ao mesmo tempo, a vacinação na capital também segue no critério de idade. Nesta sexta-feira (25), homens de 48 anos de idade podem procurar os 280 postos espalhados pelo municipio, além dos profissionais da limpeza urbana e gestantes e puérperas maiores de idade. Já no sábado (26) é a vez da repescagem para todos a partir dos 48 anos e pessoas com comorbidades.

    Também é o último dia para que os garis da Comlurb recebam a primeira dose do imunizante. O intuito da prefeitura é terminar o mês de junho com todas as pessoas com 47 anos ou mais vacinadas com a primeira dose. 

    Profissional da saúde prepara vacina contra Covid-19 em Santos (SP)
    Profissional da saúde prepara vacina contra Covid-19 em Santos (SP)
    Foto: Guilherme Dionízio/Estadão Conteúdo (22.jun.2021)

    De acordo com o vacinômetro da prefeitura, 2.836.366 pessoas receberam a primeira dose no Rio, o que equivale a 42% da população carioca e mais de 53%, se considerada a meta de vacinação, de pessoa acima de 18 anos. Enquanto isso, 976.600 pessoas foram imunizadas com a segunda dose, o que representa 14,5% dos habitantes da cidade. A prefeitura tem feito uma busca ativa para encontrar quase 79 mil pessoas que não tomaram a segunda dose no dia certo

    Mapa da Covid-19

    A cidade do Rio segue com todas as áreas em alto risco de contaminação para Covid-19 – mesmo mapa divulgado na última semana. A secretaria municipal de Saúde lembra a importância de manter os cuidados, já que no inverno, as síndromes gripais são mais comuns. Por causa da baixa adesão à campanha de vacinação contra a gripe, o prazo para os grupos prioritários foi prorrogado até o dia 30.

    Nesta semana, 17 casos de novas variantes foram identificados na capital, sendo 15 de moradores da cidade. Até agora os registros já chegaram a 515 cariocas contaminados pelas cepas. A predominância é da variante de origem em Manaus.

    Medidas restritivas prorrogadas

    A prefeitura do Rio prorrogou até o dia 12 de julho as medidas restritivas em vigor para conter a disseminação da Covid-19. Pela publicação no Diário Oficial desta sexta-feira (25), continua suspenso o funcionamento de boates e salões de dança.

    O decreto também impede a realização de festas que necessitem de autorização transitória em áreas públicas e particulares. 

    Já o consumo em bares, lanchonetes, restaurantes, quiosques da orla, está liberado mas apenas para clientes sentados, com distanciamento mínimo de 1,5 metro entre conjuntos de mesa e cadeiras, limitado a oito ocupantes.

    As atividades em casas de espetáculo e concerto e as apresentações artísticas em espaços de evento também continuam com a capacidade de lotação máxima de 40% em locais fechados e 60% em locais abertos. Os clientes precisam permanecer sentados e com distanciamento mínimo de 1,5 metros.

    Aulas coletivas em academias de ginástica, piscinas, centros de treinamento e condicionamento físico seguem liberadas, com a ocupação dos ambientes limitada a um indivíduo a cada quatro metros quadrados.