RJ antecipa segunda dose da vacina contra a Covid-19 no Complexo da Maré
Moradores serão imunizados com AstraZeneca esta semana
O município do Rio de Janeiro decidiu antecipar a segunda dose da vacina contra a Covid-19 para a população do Complexo da Maré, um dos maiores agrupamentos de favelas do país.
A decisão da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) foi tomada juntamente à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a ONG Redes da Maré, que atua nas 16 comunidades do conjunto.
A partir da próxima quinta-feira (14), os moradores da região com idade igual ou superior a 18 anos, que participaram da primeira etapa do projeto “VacinaMaré” vão completar o esquema vacinal contra o coronavírus. O público será vacinado com o imunizante da AstraZeneca.
Quem não conseguir comparecer aos postos de vacinação na data marcada, terá uma segunda oportunidade de receber a vacina no sábado (16), quando acontece a repescagem.
Como vai funcionar
Para receber a segunda dose, os moradores da Maré serão divididos por faixa etária. No dia 14 de outubro, será a vez das pessoas com 25 anos ou mais. Já no dia seguinte (15), aquelas com 18 anos ou mais.
No dia 16, qualquer um a partir de 18 anos que ainda não tenha se vacinado poderá completar o esquema vacinal.
Os postos de vacinação ficarão abertos durante todo o horário comercial. As clínicas da família e os centros municipais de saúde do complexo vão funcionar das 08h às 17h.
As associações de moradores de Marcílio Dias, Morro do Timbau, Parque União, Rubens Vaz, Vila do João e Vila do Pinheiro e Roquette também aplicarão a vacina.
Entenda o projeto VacinaMaré
A primeira etapa do projeto “VacinaMaré” teve 36.929 pessoas imunizadas. O número superou as expectativas iniciais da Prefeitura do Rio, que esperava aplicar a vacina em 30 mil moradores adultos.
O programa faz parte de um estudo conduzido pela Fiocruz para avaliar o desempenho da vacina contra a Covid na comunidade.
A pesquisa analisa aspectos como a efetividade da vacina e a dinâmica de transmissão do vírus no local. Possíveis efeitos adversos dos imunizantes e o surgimento de novas variantes do coronavírus também estão entre os pontos monitorados pelos pesquisadores.