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    Rio vai revacinar pessoas que podem ter recebido dose vencida da vacina

    Governo está apurando se houve erro de registro das doses no sistema

    Camille Couto, Thayana Araújo e Rayane Rocha, da CNN, no Rio de Janeiro

     

    A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS) informou nesta sexta-feira (02), que está verificando se houve alguma aplicação de doses após o vencimento da vacina Oxford/Astrazeneca  contra Covid-19. As informações sobre os locais onde os lotes foram distribuídos e as datas de vacinação estão disponíveis no link divulgado pela prefeitura.

    As pessoas que se identificarem como casos suspeitos podem aguardar o contato da equipe de saúde ou, se preferirem, procurar a unidade em que se vacinou na segunda-feira (5), a partir das 11h. Em caso de constatação de que recebeu a dose vencida, será realizada a revacinação. 

    Em nota, a pasta afirma que “recebeu todos os lotes de vacinas do Ministério da Saúde dentro do prazo de validade e os distribuiu imediatamente para as unidades de saúde.” 

    Procurada pela produção da CNN, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) garante que todos que todas as remessas da vacina Oxford/Astrazeneca enviados aos 92 municípios do estado estavam dentro do prazo de validade.

    Porém, o órgão está apurando junto às secretarias municipais de Saúde se houve algum erro de registro das doses no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) nos lotes 41202Z005, com validade para 14.04.21, recebido pelo estado do Rio no dia 23.01.21, e distribuído aos municípios nos dias 23.01, 01.02, 02.02 e 24.02.21. Já o lote CTMAV506, com validade para 31.05.21, foi recebido pelo em 26.03.21 e distribuído aos municípios no mesmo dia.  

    A SES reforçou os imunizantes contra Covid-19 são adquiridos e enviados pelo Ministério da Saúde aos estados e, assim que as doses chegam à Coordenação Geral de Armazenagem (CGA) do Rio, uma equipe de mais de 30 pessoas inicia o trabalho de separação, checagem de temperatura e documentação. Os imunizantes têm as validades e os lotes checados e cadastrados no sistema, assim como uma série de outros parâmetros exigidos por normas jurídicas relacionadas ao setor farmacêutico.  

    No final da tarde desta sexta-feira (2), a Fiocruz divulgou um comunicado esclarecendo que os referidos lotes não foram produzidos pela instituição.
      
    “Parte dos lotes (com numeração inicial 4120Z) é referente aos quantitativos importados prontos do Instituto Serum, da Índia, chamada de Covishield, e entregues pela Fiocruz ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde (MS) em janeiro e fevereiro deste ano. Os demais lotes apontados foram fornecidos pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS).”  

    A Instituição ressaltou que todas as doses das vacinas importadas da Índia (Covishield) foram entregues pela Fiocruz em janeiro e fevereiro dentro do prazo de validade e em concordância com o MS. A Fiocruz também informou que está apoiando o PNI na busca de informações junto ao fabricante, na Índia, para subsidiar as orientações a serem dadas pelo Programa àqueles que tiverem tomado a vacina vencida. 

    A Astrazeneca não quis se pronunciar.

    Vacinação contra a Covid-19 na Marquês de Sapucaí
    Vacinação contra a Covid-19 na Marquês de Sapucaí (22.abr.2021)
    Foto: Reprodução / CNN