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    Rio tem mais de dois mil casos de Covid-19 em 24 horas

    Em 24 horas, foram registrados 2.456 novos casos da Covid-19 no estado do Rio, segundo o último boletim da Secretaria Estadual de Saúde

    Isabelle Resende e Isabelle Saleme, , da CNN, no Rio de Janeiro



     

    Em 24 horas, foram registrados 2.456 novos casos da Covid-19 no estado do Rio, segundo o último boletim da Secretaria Estadual de Saúde. Na capital, que tem o maior número de casos da doença, foram contabilizados, em apenas um dia, 961 novos registros. No total, o estado soma 23.017 mortos em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

    O Rio de Janeiro registra, há seis semanas consecutivas, alta na ocupação de leitos de UTI na rede SUS para pacientes com o novo coronavírus: 91% dos leitos de UTI destinados ao tratamento da doença estão cheios. Os de enfermaria estão 84% ocupados. A rede SUS na cidade tem 1366 pessoas internadas em leitos especializados, sendo 564 em UTI. 

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    No entanto, de acordo com a última atualização, mais de 300 pessoas aguardam  transferência para leitos da capital e da Baixada Fluminense, sendo 162 para leitos de terapia intensiva. Esses pacientes estão sendo assistidas em unidades pré-hospitalares, com monitores e respiradores.

    A prefeitura anunciou a abertura de mais 220 leitos pra pacientes com covid-19: 170 de enfermaria nos próximos 15 dias e 50 de UTI em até 21 dias. Também foi divulgado o funcionamento 24 horas por dia de tomógrafos para atender o aumento da demanda. Já o governo do estado está abrindo mais 386 leitos, sendo 314 de UTI.  

    Essa semana, a Fundação Oswaldo Cruz fez um alerta sobre a situação de descontrole da doença no Rio. Dados do portal Monitora-Covid revelam que o Rio de Janeiro atingiu a maior taxa de mortalidade por coronavírus no Brasil desde o começo da pandemia.

    O índice está em 131,08 óbitos a cada 100 mil habitantes. A taxa recorde usa como referência as mortes ocorridas até 2 de dezembro. A taxa de mortalidade do Rio de Janeiro a cada 100 mil habitantes é 43% maior que a de São Paulo, estado que registrou maior número de óbitos e de casos. Por lá, a taxa é de 91 óbitos a cada 100 mil. Os dois estados estão acima da média nacional, de 80 mortes por 100 mil brasileiros.  

    Há ainda um outro alerta, para o caso do Rio de Janeiro: a alta taxa de letalidade, que é a chance de alguém morrer quando contrai o novo coronavírus. No Rio, esse risco é altíssimo e também o maior do Brasil: 10%. A média nacional é de 2%. 

    Novas medidas  

    A prefeitura do Rio anunciou essa semana, em conjunto com o governo do estado, algumas medidas para tentar conter o avanço da doença. Shoppings e centros comerciais serão autorizados a ficar abertos de madrugada, para evitar aglomeração nos transportes durante compras de natal. 

    Na capital, as aulas presenciais nas escolas públicas municipais estão suspensas a partir de segunda-feira (7). As cirurgias eletivas de baixa complexidade serão suspensas nos hospitais da rede municipal.

    A prefeitura e o governo do estado prometem aumentar a fiscalização para impedir aglomerações e pedem para que a população colabore. O uso de máscaras segue obrigatório, e essencial, assim como a higienização constante das mãos.

    O apelo é para que as pessoas evitem locais com grande concentração de gente, como as praias, por exemplo. “Estamos recomendando às pessoas não irem às praias, principalmente aquelas que são idosas ou têm comorbidades, ou que convivam com elas em casa. Não compareçam a ambientes em que pessoas fiquem sem máscara, como praias e bares, onde as pessoas estão bebendo”, disse o prefeito Marcelo Crivella.

    “Há dificuldade de tomar medidas restritivas, porque as pessoas não adotam. Tem certas coisas que quando proibidas, as pessoas fazem mais. Proibir a praia parece que despertava nas pessoas o desejo de ir à praia. Estamos dentro das normas técnicas e do bom senso, esperando a vacina.” 

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