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    RJ quer vacinar toda a Ilha de Paquetá em experimento sobre imunização em massa

    Ideia é desenvolver projeto similar ao realizado em Serrana, no interior de São Paulo, pelo Instituto Butantan

    Paula Martini, da CNN, no Rio de Janeiro

    A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro pretende vacinar toda a população da Ilha de Paquetá contra a Covid-19, em um experimento sobre os efeitos da imunização em larga escala. A proposta foi apresentada nesta segunda-feira (31) ao Comitê de Especialistas do Enfrentamento à Covid do município e recebeu apoio dos especialistas.

    O infectologista Alberto Chebabo, integrante do grupo, explicou à CNN que a ideia é vacinar os moradores de Paquetá com o imunizante da AstraZeneca. A estimativa é que 2 mil pessoas sejam vacinadas, além das mil já imunizadas nos grupos prioritários. O avanço do projeto ainda depende de um planejamento junto à Fundação Oswaldo Cruz e ao Plano Nacional de Imunizações.  

    A Ilha de Paquetá é um bairro da capital fluminense localizado em meio à Baía de Guanabara, a cerca de 15 quilômetros da estação das barcas na Praça XV, no Centro da cidade. O local tem cerca de 4.500 moradores fixos.

    O acesso à ilha é feito por meio marítimo, mas os especialistas destacam a grande circulação dos moradores por outras regiões da cidade como um fator positivo para o desenvolvimento da pesquisa.

    “A ilha tem a vantagem de ser um ambiente fechado, mas onde as pessoas circulam, vão trabalhar e voltam, além de receber moradores de outras áreas. Com isso, será possível identificar a efetividade da proteção vacinal e avaliar o abandono de métodos não farmacológicos, como o uso de máscaras, dentro desse grupo”, disse Chebabo. 

    O plano de vacinar os moradores de Paquetá foi apresentado no mesmo dia em que o governo de São Paulo divulgou os resultados de um estudo de imunização massiva em Serrana, no interior paulista.

    Em entrevista à CNN, o prefeito do município, Léo Capitelli (MDB), disse que números preliminares apontaram queda de 95% nas mortes pela doença. Em Serrana, o chamado “Projeto S” durou oito semanas e imunizou 98% da população com duas doses da Coronavac.

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