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    Rio planeja vacinar 560 mil crianças até primeira quinzena de fevereiro

    ”A Ômicron é uma variante que se dissemina mais rápido também em crianças”, disse o secretário Daniel Soranz

    Bruna CarvalhoStéfano Sallesda CNN , Rio de Janeiro

    A prefeitura do Rio de Janeiro anunciou nesta quinta-feira (6) o calendário de vacinação de crianças na cidade. A expectativa é vacinar 560 mil crianças entre cinco e 11 anos.

    Apesar do anúncio feito pelo prefeito Eduardo Paes (PSD), que estipula que esse público alvo estará coberto até a segunda quinzena de fevereiro, o cumprimento do calendário depende da distribuição de doses por parte do Ministério da Saúde.

    A carga de vacinas será distribuída pelo órgão federal às secretarias estaduais de Saúde, que farão a redistribuição para os municípios. No caso da capital fluminense, seriam necessários imunizantes para 560 mil crianças, mas a previsão para janeiro é do envio de 280 mil doses.

    Esse total precisará ainda ser dividido pelos 92 municípios fluminenses. Assim, não seria possível imunizar todo esse público até fevereiro, como projeta a cidade. Secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz diz que a intenção da prefeitura é agir com urgência e acelerar o calendário se as doses necessárias chegarem mais rápido do que o previsto.

    “A gente tem que acelerar ao máximo para crianças. Se o Ministério da Saúde conseguir antecipar as entregas da Pfizer, certamente a gente vai poder antecipar esse calendário divulgado pelo prefeito Eduardo Paes. Esse calendário foi montado a partir das vacinas recebidas pelo ministério, do cronograma de recebimento do ministério, por isso ele precisou ser escalonado em várias semanas”, disse o secretário.

    De acordo com a secretaria, o Rio tem, atualmente, capacidade de vacinar 130 mil crianças por dia e conta com uma equipe já preparada para desempenhar a função.

    “A gente já está treinando os nossos profissionais da rede básica, SUS, para essa aplicação. É uma vacina extremamente segura. Já foi aplicada em mais de 14 milhões de crianças no mundo. A vacina da Pfizer já foi aplicada nos principais países desenvolvidos. Canadá, Portugal, União Europeia, Estados Unidos, Israel, Austrália, todos esses países já estão bem avançados na vacinação para crianças. A gente pode ficar bastante seguro de que é uma vacina segura e que pode ser aplicada nas nossas crianças sem nenhuma contraindicação”, afirmou.

    Pelo calendário divulgado pelo município, a imunização começará no dia 17 de janeiro (segunda-feira), para meninas de 11 anos. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) prevê três dias para cada idade: o primeiro para meninas, o segundo para meninos, e o terceiro para repescagens. Assim como em outras etapas, a imunização ocorrerá por critério decrescente de idade.

    Testagem ampliada

    O aumento dos casos de Covid-19, em meio ao avanço da variante Ômicron, tem preocupado a prefeitura do Rio de Janeiro. Durante entrevista coletiva nessa quinta-feira (6), Soranz pediu que a população redobre os cuidados para evitar mais casos da doença. Segundo o secretário, quase metade dos testes realizados hoje são positivos.

    “Evitar exposição desnecessária. Se for possível não ir a eventos, trabalhar em casa. Estamos estudando todos os tipos de possibilidades”, orientou o secretário.

    Para tentar agilizar os testes, a secretaria já convocou 800 técnicos de enfermagem para reforçar essa equipe e nesta sexta-feira (7) vai inaugurar um novo polo de testagem. Atualmente, o Rio tem condições de realizar seis mil testes dia e a expectativa é ampliar para 10 mil.

    “Quase metade dos testes realizados hoje são positivos. A gente não tinha isso há 17 semanas”, conclui o secretário.

    De acordo com dados do Painel Rio Covid-19, do município, a taxa de positividade de testes para Covid-19 está em 41%. Na semana passada era de 13% e, na anterior, estava em 6%.

    Procurada depois da constatação da discrepância entre o calendário para imunização de crianças, divulgado nesta quinta-feira, e a previsão de entrega de doses pediátricas pelo Ministério da Saúde, a SMS não se manifestou até o momento. A SES foi questionada sobre qual parcela da carga fluminense seria dedicada à capital, mas também ainda não se posicionou.

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